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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS GESTACIONAL NO ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL
Relatoria:
ANDREZA DA SILVA FONTINELE
Autores:
  • Fernando Lopes e Silva-Junior
  • Annarelly Morais Mendes
  • Valéria Fernandes da Silva Lima
  • Angelica Gilderllany Sousa Silva
  • Rosana Serejo dos Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A sífilis na gestação ainda é uma condição caracterizada por uma infecção sistêmica causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida principalmente por contato sexual e de forma vertical. A sífilis gestacional se apresenta como um elevado problema de saúde pública, evidenciando disparidades nos números epidemiológicos. OBJETIVO: Realizar análise epidemiológica dos casos de sífilis em gestantes no estado do Piauí entre os anos de 2014 a 2023. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo-exploratório com abordagem quantitativa, utilizou-se dados secundários de sífilis gestacional no estado do Piauí, obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O acesso aos dados ocorreu em junho de 2024. As variáveis da amostra foram, casos confirmados de sífilis gestacional, ano de notificação, município de notificação, faixa etária, escolaridade, cor/raça, estágio da doença e testes trepônemicos. Os dados foram analisados e tabulados por meio do Microsoft Excel, com frequência absoluta e relativa, apresentado em gráficos e tabelas. Por se tratar de uma pesquisa de domínio público, não houve a necessidade de submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Entre os anos de 2014 a 2023, foram notificados 4.915 casos de sífilis gestacional no estado do Piauí, com destaque para o ano de 2019, tendo cerca de 16,22% dos casos. Teresina apresentou maior número de casos no Estado, com 58,55%. Observou-se que 71,48% dos casos eram mulheres pardas, com faixa etária de 20 a 39 anos, representando 72,37% dos casos. Quanto a escolaridade, 20,55% das gestantes tinham apenas entre a 5ª e 8ª série incompleta. Em relação ao teste não trepônemico 88,40% e trepônemico 69,70% se deu em sua maioria por testes reativos. A respeito da classificação clínica, 34,89% foram casos na fase latente. Essas estatísticas ressaltam a importância de maior rastreamento durante o pré-natal e políticas públicas que abordem as desigualdades regionais e demográficas para reduzir a prevalência e o impacto da doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, abordar a sífilis gestacional requer estratégias de saúde pública, mas também programas de educação e prevenção, ações pautadas nas desigualdades sociais. A realização deste estudo é de suma importância para a literatura, contribuindo para pesquisas futuras e abordando um tema relevante na sociedade.