Introdução: A hospitalização se apresenta, majoritariamente, como um fenômeno traumático para a criança e sua família devido às mudanças de rotina, separação dos entes queridos e a necessidade de intervenções invasivas, por vezes dolorosas e inerentes ao processo de recuperação. Dessa forma, as atividades educativas surgem como uma alternativa centrada na perspectiva da ludicidade, onde o brincar, promove a Educação em Saúde, estabelece o cuidado holístico e humanizado, além de fomentar o vínculo entre o binômio criança-família e a equipe de saúde, atenuando possíveis traumas associados à internação hospitalar. Objetivo: Relatar a experiência de um grupo de alunos de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba durante uma intervenção educativa ocorrida na Clínica Pediátrica em um Hospital Universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, elaborado durante a vivência prática na disciplina de Enfermagem na Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente II, ofertada na graduação de Enfermagem, em maio de 2024 na Clínica Pediátrica de um Hospital Universitário. Discussão: Foram realizadas atividades lúdico-educativas direcionadas aos infantes internos na unidade com temas relacionados aos mecanismos fisiológicos, doenças mais prevalentes e intervenções invasivas que as crianças foram submetidas durante a internação. Estas intervenções se sucederam com o uso de fantoches, jogos de perguntas e cartas. As intervenções não farmacológicas e não invasivas proporcionaram a Educação em Saúde para os participantes, além de viabilizar a confiança e o estabelecimento de vínculos entre o binômio e a equipe hospitalar. Esta vivência corrobora na afirmação de uma convicção integral acerca da efetividade das intervenções educativas lúdicas acerca da assistência de Enfermagem ao binômio e, neste cenário, valida a importância do processo de recuperação com foco no lúdico e na preservação do direito ao brincar da criança hospitalizada. Considerações Finais: A partir dessa experiência, se constatou que as intervenções educativas promovem a maior aceitação da hospitalização, além de permitir que as crianças e suas famílias estabeleçam maior vínculo com os profissionais e os estudantes, possibilitando superar os desconfortos emocionais relacionados ao processo. Destarte, a experiência viabilizou uma visão ampliada ao binômio hospitalizado, destacando a relevância dessas vivências na formação de novos Enfermeiros.