O Brasil é um país de população miscigenada, resultante da interação entre os povos originários, africanos, e imigrantes. Essa pluralidade racial e cultural é um ponto positivo, enquanto a forma de tratamento desumana dada a população preta desde sua chegada é um desabono, que hoje é considerado um crime, denominado racismo. Esta atitude criminosa se infiltrou na sociedade e em seguida adentrou as instituições, sobretudo aquelas que ofertam serviços de saúde pública. A população negra é formada pela somatória dos cidadãos autodeclarados pretos e pardos, hoje este grupo social compõem mais da metade da população brasileira, e grande parte dessas pessoas são dependentes do Sistema Único de Saúde, que é sua principal forma de acesso aos serviços de saúde e na maioria das vezes, a única, já que maioria não tem condições financeiras para buscar aos serviços privados. Como em outras instituições, o racismo também se faz presente naquelas dirigidas para ofertar serviços de saúde pública, nestes locais, além de ser crime, é um agravante à saúde pública e um obstáculo para a consolidação e efetivação de princípios inerentes ao nosso sistema único de saúde. A categoria profissional maioritária neste sistema de saúde é a de enfermagem, estes profissionais estão presentes em todos os níveis da assistência e quando nos referimos a ferramentas para combater o racismo dentro dos serviços públicos de saúde, esta categoria pode ser citada como uma dessas ferramentas importantes. Destaca-se a necessidade de aplicar a Politica Nacional de Saúde Integral da População Negra e também devemos compreender a importância desta categoria e como aqueles que a compõem podem utilizar esta ferramenta e se posicionar frente a esta problemática. A pesquisa realizada é uma revisão literária, onde são utilizados diversos matérias sobre esta temática, com a finalidade de proporcionar uma melhor compreensão sobre a importância dos profissionais de enfermagem no combate ao racismo dentro das instituições de saúde. Ao termino deste estudo, pretende-se que os profissionais de enfermagem se posicionem frente a este problema social, com a finalidade de garantir o direito da população negra a saúde e da equidade do sistema único de saúde.