Introdução: A prática da telenfermagem é amparada pela Resolução n. 696/2022, do Conselho Federal de Enfermagem, que normatiza a atuação profissional de enfermagem na Saúde Digital1. Objetivo: Identificar as práticas de telenfermagem realizadas por profissionais de enfermagem no exercício da profissão. Método: Estudo transversal. Foram convidados a participarem enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuavam no estado de São Paulo. A divulgação e o convite para participação na pesquisa foram realizados em mídias sociais e via e-mail, com link de acesso ao questionário eletrônico no Google Forms. A coleta de dados ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 2023, em questionário construído pelos pesquisadores. A pesquisa respeitou os aspectos éticos, aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa (parecer 6.228.951) da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista. Resultados: Participaram 1611 profissionais de enfermagem (enfermeiros 48%, técnicos 38% e auxiliares de enfermagem 14%), com médias de idade de 42 anos e tempo de profissão de 13 anos; predominantemente eram do gênero feminino (84%), atuavam no município de São Paulo (48%), na área assistencial (75%) e em instituição pública (46%). Informaram realizar prática de telenfermagem 205 (12%) profissionais. Destes, realizavam teleconsulta (47%), teleinterconsulta (30%), teleconsultoria (36%), telemonitoramento (58%), tele-educação em saúde (52%) e teleacolhimento de demanda espontânea (40%). Considerações finais: Os resultados permitem conhecer o percentual de profissionais de enfermagem que realizam telenfermagem no exercício da profissão. Ainda é baixo o número de profissionais que realizam regularmente essa prática no contexto do trabalho, sendo que o telemonitoramento e a tele-educação em saúde são as atividades mais frequentes nessa modalidade de atendimento. Conhecer a frequência com que essas atividades ocorrem, permite identificar como se dá a prática de enfermagem.