Introdução: O âmbito domiciliar ocorre durante o processo de produção do cuidado em saúde, cujos trabalhadores exercem um papel de vigilante. Contudo, aos “olhos” de quem é cuidado, muitas vezes tem uma essência aflitiva e coercitiva. Foucault traz em suas obras como objeto o alvo do domínio e a autoridade por cada sujeito. Torna-se inerente portanto, a compreensão de como se dá às relações entre quem cuida e quem é cuidado. Objetivo: Caracterizar as potencialidades e fragilidades do cuidado domiciliar a partir das relações de poder entre quem cuida e quem é cuidado. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica. O levantamento bibliográfico se deu por duas vias de acesso, sendo elas a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e a Plataforma da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Comunidade Acadêmica Federada (CAPES-CAFé). Na BVS foi consultado a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e na CAPES-CAFé a SciVerse Scopus (SCOPUS) e a Web of Science (WOS). Essa pesquisa ocorreu no período de 17 de maio de 2024 a 13 de junho de 2024. Resultados: Ao final dela, foram selecionados 12 estudos que respondiam à pergunta norteadora: “Quais as potencialidades e fragilidades implicadas pelas relações de poder na produção de cuidado à saúde no domicílio?”. A partir dos resultados, foram criadas 5 categorias para a discussão: “Dinâmicas de poder no cuidado domiciliar”; “Aceitação e Desafios do Cuidado Domiciliar: perspectivas e relações”; “Desafios e complexidade na gestão do cuidado domiciliar”; “Fortalezas e fragilidades no cuidado domiciliar: relações de poder e comunicação” e “Desafios do paternalismo no cuidado domiciliar: autonomia e participação do paciente”. Destacando o fato de que o cuidado domiciliar se tornou relevante como forma de comunicação e o conhecimento, associadas à confiança e ao vínculo entre quem cuida e quem está sendo cuidado. Trazendo que o paciente deve ser observado como um todo e mesmo diante das relações de poder existentes, deve ser preservada a sua autonomia que o envolve, criando um processo curativo positivo. Conclusão: Analisando relações de poder, comunicação e o modelo paternalista, destaca-se a necessidade da atenção para um cuidado mais humanizado. Por isso, é necessário promover a compreensão das práticas de cuidado, contribuindo para um sistema de saúde eficiente, desenvolvendo competências dos profissionais são essenciais para melhorar o cuidado domiciliar.