Introdução: Dados oficiais do Ministério da Saúde apontam para estabilização da epidemia de AIDS, entretanto, organizações internacionais apontam para sua reemergência. Em nível mundial, a Organização das Nações Unidas afirma ser possível erradicar a epidemia até 2030, com vistas a avançar no progresso em direção à conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Objetivo: Descrever como a experiência de uma enfermeira da atenção básica nas estratégias de busca para o enfrentamento da pandemia de AIDS. Métodos: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por uma enfermeira da atenção básica de um município do sertão pernambucano, a partir do desenvolvimento de uma estratégia de monitoramento do status sorológico da população e acompanhamento das pessoas que sabem que vivem com HIV e encontram-se em tratamento antirretroviral. Resultado/Discussão: o reconhecimento das possibilidades de atuação do enfermeiro na atenção básica traz a reflexão acerca do protagonismo desses profissionais na mudança dos indicadores de saúde de uma população. Com vista no alcance da meta 95-95-95 foi montado um sistema de testagem no acolhimento. A estratégia foi planejada para acontecer inicialmente quatro vezes no mês, a partir do qual, toda a população acima de 18 anos, a ser atendida na Unidade Básica de Saúde (UBS) nos dias do monitoramento recebem uma orientação acerca das Infecções Sexualmente Transmissíveis e o convite para realização do teste. Ademais, para os casos positivos existentes na comunidade recebem atendimento compartilhado com a UBS, permitindo maior vínculo, acompanhamento da carga viral e melhorando a adesão medicamentosa. Considerações finais: O enfermeiro da atenção básica possui autonomia capaz de fortalecer as ações de vigilância epidemiológica e melhorar os indicadores de saúde. Acabar com a epidemia de AIDS é um compromisso coletivo, por isso, a enfermagem brasileira precisa unir esforços para o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.