
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
MORTALIDADE POR DOENÇA DE ALZHEIMER NO NORDESTE BRASILEIRO
Relatoria:
Annarelly Morais Mendes
Autores:
- Midian Pereira dos Santos
- Sabryna dos Santos Costa
- Maria Clara Santana da Silva
- Andreza da Silva Fontinele
- Ana Larissa Gomes Machado
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa de caráter progressivo e habitualmente sem cura, sendo um problema de saúde pública preocupante, considerando-se o envelhecimento crescente da população, juntamente com o aumento nas taxas de mortalidade. OBJETIVO: Caracterizar a distribuição epidemiológica dos casos de mortalidade por Doença de Alzheimer na região nordeste brasileira, entre 2013 a 2022. MÉTODO: Estudo epidemiológico, de caráter descritivo-exploratório com abordagem quantitativa. Utilizou-se dados secundários de óbitos por Doença de Alzheimer na região nordeste do Brasil, entre os anos de 2013 a 2022, por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/DATASUS), com acesso no mês de julho de 2024. Os filtros utilizados foram: CID - 10, capítulo VI – Doenças do sistema nervoso e categoria G30 para Doença de Alzheimer. Ano de notificação, distribuição por Unidade de Federação, sexo, faixa etária, escolaridade, raça/cor, estado civil e local de ocorrência. Os dados foram tabulados e organizadas pelo programa de software Microsoft Excel® (2016). RESULTADOS: Durante o período analisado foram registrados 38.358 óbitos por doença de Alzheimer na região Nordeste brasileira, com maior número de óbitos para o ano de 2022, com cerca de 15,2%. Quanto a unidade de federação, a maior frequência de óbitos ocorreu no Estado do Ceará com 21,8%, seguido do Estado da Bahia com 20,9% e Pernambuco com 20,1%. Observou-se que os estados de Alagoas 4,0% e Sergipe 3,9%, apresentaram menores taxas de mortalidade. Quanto ao perfil sociodemográfico, observou-se que 63,3% eram do sexo feminino, 47,7% se autodeclararam da cor/raça parda, 99,5% eram idosos com faixa estaria de >= 60 anos, 29,6% não possuía escolaridade, seguido de 1 a 3 anos de escolaridade com 24,6%. Diante do estado civil, 44,0% dos óbitos foram de pessoas viúvas. Referente ao local de ocorrência, 48,4% desses óbitos foram no âmbito domiciliar, e 46,3% ocorreram no ambiente hospitalar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados ressaltam a importância de políticas de saúde pública voltadas para o suporte e cuidado de idosos com Alzheimer, especialmente em estados com maiores taxas de mortalidade. A necessidade de educação continuada e apoio às famílias e cuidadores é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir as taxas de mortalidade associadas à doença de Alzheimer.