Introdução: A vacinação é o principal recurso para prevenção e controle de patologias que oferecem riscos para a saúde. Tendo em vista que as crianças estão mais expostas ao adoecimento devido à imaturidade do sistema imunológico, é essencial manter o calendário vacinal atualizado. Uma ferramenta utilizada para avaliar a proporção da população vacinada é o indicador de cobertura vacinal. No Brasil, esse indicador apresentou uma tendência de queda nos últimos anos, demonstrando uma fragilidade na imunização, que possui causas multifatoriais. Objetivos: Revisar a literatura acerca das implicações e fatores associados à baixa cobertura vacinal em crianças. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada por intermédio da Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Biblioteca da Secretaria da Saúde do Estado do Paraná e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online. Os descritores utilizados para realizar as buscas foram: Saúde da criança, Vacinação, Cobertura vacinal. Além disso, foi utilizado o operador booleano “And”. Os critérios de inclusão abrangeram trabalhos publicados em português nos últimos 5 anos, disponíveis gratuitamente e na íntegra. Dentre os 96 estudos encontrados, 12 foram selecionados. Resultados/discussão: Baseados nos estudos encontrados, observou-se que dentre os fatores associados à baixa cobertura vacinal em crianças, destacam-se a desinformação quanto a segurança e efetividade das vacinas, a banalização da gravidade das doenças e a jornada de trabalho dos pais, que muitas vezes inviabiliza a condução do menor aos posto de saúde. A persistência de uma baixa cobertura vacinal configura-se como um fator de risco para o ressurgimento de doenças até então controladas e erradicadas. No âmbito governamental, acarretam também em um prejuízo financeiro, tendo em vista que muitas vacinas precisam ser descartadas devido à baixa procura. Considerações finais: Portanto, ressalta-se a importância da realização de uma eficiente busca ativa por parte da Atenção Primária em Saúde. A propagação de informação em saúde pelos profissionais de saúde também é uma estratégia eficaz para ampliar a cobertura vacinal. Por fim, foi visto que as consultas de puericultura são momentos oportunos para a oferta da vacinação dos menores, contribuindo para a sensibilização dos responsáveis.