Introdução: A síndrome metabólica em crianças é um problema crescente de saúde pública, caracterizado por um conjunto de fatores de risco que aumentam a probabilidade de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. O crescimento da prevalência da obesidade infantil tem levado ao aumento da síndrome metabólica nessa faixa etária, evidenciando a necessidade de uma abordagem preventiva e uma intervenção precoce. Objetivo: Compreender a prevalência da síndrome metabólica em crianças e identificar os principais fatores associados. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura, através das bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE. Os descritores utilizados foram “Síndrome metabólica” AND “Criança” AND “Obesidade infantil”. Foram identificados 15 artigos, destes, 6 foram considerados, levando em consideração os critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 10 anos, em português, que abordassem a prevalência, os fatores de risco e as consequências da síndrome metabólica em crianças. Resultados/Discussão: Os resultados mostraram que a prevalência da síndrome metabólica pediátrica varia de 4,2% a 9,2%, dependendo da população estudada e dos critérios diagnósticos utilizados. Os principais fatores de risco identificados foram obesidade, resistência à insulina, hipertensão arterial e dislipidemia. A obesidade infantil, em particular, mostrou-se fortemente associada à síndrome metabólica, sendo um fator determinante para a resistência à insulina. Além disso, fatores genéticos e ambientais, como sedentarismo e dietas ricas em açúcar e gordura, também desempenham um papel significativo no desenvolvimento da síndrome metabólica. Estudos longitudinais sugerem que crianças com síndrome metabólica têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 1 na vida adulta, o que reforça a importância de intervenções precoces. Considerações finais: A análise dos dados evidencia a necessidade urgente de estratégias de prevenção e intervenção direcionadas à redução da obesidade infantil e à promoção de um estilo de vida saudável entre as crianças. Programas de educação nutricional, aumento da atividade física e políticas públicas que incentivem ambientes mais saudáveis são fundamentais para combater a síndrome metabólica.