Introdução: O câncer de colo do útero é um problema de saúde pública no Brasil. O exame preventivo, conhecido como Papanicolaou, é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e diagnosticar a doença. Embora oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres de 25 a 64 anos, há muitas que não realizam o exame. Objetivo: Relatar a experiência dos discentes de enfermagem no aprendizado teórico-prático complementar sobre a importância da coleta adequada do exame citopatológico do colo uterino antes, durante e depois da coleta. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência em um Centro de Referência de Saúde da Mulher e da Criança no município de Benevides-PA, no primeiro semestre de 2024, entre os dias 18 e 26 de abril, tendo como público alvo mulheres de 25 a 64 anos de idades que buscam atendimento na referida unidade. Resultados/Discussão: Nos dias que sucederam as visitas, os discentes tiveram a oportunidade de conhecer os serviços ofertados à população e compreenderam a importância do trabalho da equipe de enfermagem no acolhimento humanizado e na avaliação clínica. Na ocasião, foi observado que o enfermeiro(a) precisa ter um forte vínculo com a comunidade local, articulando visitas domiciliares e explicando de forma clara e objetiva sobre a importância do exame preventivo, aumentando a adesão e diminuindo o medo e a vergonha por parte das mulheres, pois programar formas de recrutamento por intermédio de ações educativas melhora na cobertura do exame. Os discentes tiveram também a oportunidade de conciliar a teoria com prática na coleta do exame preventivo, acessando os materiais necessários para a realização do procedimento, ao passo que iam sendo orientados pela enfermeira da unidade, que demonstrou como observar e registrar o exame citopatológico. Por fim, houve uma roda de conversa para corrigir os erros e sanar as dúvidas durante o registro de enfermagem e a coleta do exame. Considerações finais: Diante disso, nota-se relevante papel desempenhado pelo profissional de enfermagem na assistência primária, ao configurar-se como responsável pelas coletas citológicas, prática que proporciona esclarecimento, conforto e confiança às pacientes, empoderando-as em seu próprio cuidado, evidenciando-lhe a importância da realização dos exames, ainda que na ausência de problemas ginecológicos.