Introdução: Em 2019, surgiu na China uma síndrome respiratória aguda grave (SARS) provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, doença que teve rápida disseminação entre as pessoas em todos os territórios do planeta. Segundo o Ministério da Saúde, existem grupos de pessoas mais vulneráveis à infecção pelo coronavírus, dentre elas as gestantes, devido às várias mudanças fisiológicas características da mulher nessa fase. Objetivo: Analisar as evidências científicas acerca da via de parto e a ocorrência da transmissão vertical em gestantes com COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada em março de 2024 nas bases de dados PubMed, LILACS (por meio da consulta à BVS) e Web of Science. A estratégia PICo sistematizou a construção das questões norteadoras: "Como ocorre a transmissão vertical em gestantes infectadas por SARS-CoV-2?" e "Qual a via de parto mais utilizada para gestantes infectadas por COVID-19?". A busca foi realizada através da combinação dos descritores controlados e não controlados cruzados com o uso de operadores booleanos OR e AND, de acordo com as especificidades de cada base. A triagem dos estudos foi realizada por meio do software Rayyan. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e a leitura na íntegra, resultaram vinte e nove artigos para compor a amostra deste estudo. Resultados: Dos 29 artigos que compuseram a amostra final, 16 reportaram que houve uma possível transmissão vertical intraútero. No que se refere à via de parto, 16 dos artigos relataram que a via de parto mais utilizada para as gestantes foi a via vaginal, sendo a cesárea indicada por causas obstétricas como ruptura prematura das membranas, sofrimento materno e/ou fetal, estágios graves da COVID-19 e apresentação anormal do feto. Conclusão: Com base na análise dos estudos desta revisão, é possível concluir que a transmissão vertical do SARS-CoV-2 em gestantes infectadas é uma preocupação significativa, embora sua ocorrência não seja universalmente confirmada. Uma proporção considerável de pesquisas relatou casos de possível transmissão vertical tanto por via transplacentária quanto no intraparto. Quanto à via de parto mais utilizada para gestantes infectadas pela COVID-19, observou-se uma preferência pela via vaginal em muitos casos, com a cesárea sendo reservada para situações obstétricas específicas ou quando a mãe apresentava estágios graves da doença.