INTRODUÇÃO: A tomada de decisão é um processo que envolve conhecimento prévio, pensamento crítico e noções de priorização na escolha entre duas ou mais alternativas que possibilitem alcançar um determinado resultado. Este desafio é amplificado no contexto da Sífilis Congênita, associando-se a questões como a angústia materna e os processos invasivos realizados no recém-nascido. OBJETIVO: Conhecer a tomada de decisão da enfermeira frente a assistência de enfermagem ao recém-nascido com sífilis congênita; identificar a conduta das enfermeiras na assistência de enfermagem ao recém-nascido com sífilis congênita e descrever o processo decisório das enfermeiras frente a sífilis congênita; MÉTODO: Trata-se de estudo qualitativo descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana, sob parecer nº 2.277.332, desenvolvido em hospital especializado público do município de Feira de Santana, Bahia, com dados coletados de outubro a dezembro de 2023. Participaram seis enfermeiras que atuam na enfermaria obstétrica da instituição e responderam a uma entrevista semiestruturada. Após a transcrição, as entrevistas foram analisadas pelo método de análise de conteúdo temática de Bardin. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Após análise dos dados emergiram as seguintes categorias empíricas: Compreensão das enfermeiras acerca da tomada de decisão: as enfermeiras compreendem a importância do processo decisório, principalmente no contexto de liderança da equipe; Assistência de enfermagem no tratamento de recém-nascidos com Sífilis Congênita: as enfermeiras apresentavam extrema precaução com o acesso venoso, para evitar excesso de punções e destacaram o cuidado com a medicação e triagens; Dificuldades no cotidiano de tratamento da sífilis congênita: os genitores resistem ao tratamento, devido aos processos invasivos, o que resultava na evasão do tratamento; Facilidades no tratamento da sífilis congênita: as pacientes já estavam inseridas no sistema, sendo facilmente localizadas e orientadas; CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que as enfermeiras compreendem a importância do processo decisório, destacando os protocolos como forma de assegurar a autonomia no tratamento. Além disso, apesar dos inúmeros desafios encontrados na assistência, as enfermeiras apresentam conduta satisfatória, asseguradas na literatura científica.