Introdução- Os cuidados paliativos na pediatria utilizam de uma abordagem centrada na criança e na família para promover melhorias na qualidade de vida de crianças com doenças em estado terminal, proporcionando apoio emocional, alívio dos sintomas por meio de um plano de cuidado adequado. Objetivo- Analisar os principais desafios dos cuidados paliativos realizados por enfermeiros. Métodos- Este trabalho se trata de uma revisão integrativa da literatura, realizada na base de dados National Library of Medicine (PubMed), a partir dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Nursing care”, “Hospice care” e “Pediatrics”. Nesse intento, os critérios de inclusão abrangeram publicações que contivessem o texto completo, gratuito e com o recorte temporal entre os anos de 2023 e 2024, e os de exclusão compreenderam os trabalhos que não condiziam com a temática. Resultados- De início, foram encontrados 53 periódicos, contudo após a leitura dos resumos e aplicação dos filtros, desses foram escolhidos 7 para uma análise detalhada. Com base nos artigos, é possível compreender que os enfermeiros em cuidados paliativos pediátricos (CPP) enfrentam desafios emocionais, como fadiga de compaixão e transtorno de estresse pós-traumático, muitas vezes relacionados ao apego emocional com as crianças e à complexidade das situações. Diante disso, entende-se a relevância da oferta de suporte emocional, treinamento de habilidades de enfrentamento e desenvolvimento de habilidades de comunicação para auxiliar estes profissionais. Nesse intento, é importante a utilização do modelo de Tomada de Decisão Compartilhada (TDC) para cuidados paliativos pediátricos, pois envolve a participação da equipe de cuidados, pais e até das crianças, em um processo estruturado que inclui preparação, identificação dos participantes, troca de informações, confirmação de acordos e acompanhamento das decisões. Conclusão- O estudo evidenciou que a assistência de enfermagem pediátrica em cuidados paliativos enfrenta desafios complexos que vão além dos cuidados clínicos, considerando que o baixo acesso a cuidados paliativos, a precariedade de serviços especializados e o impacto emocional sobre os enfermeiros são questões críticas que precisam ser abordadas. Assim, a implementação efetiva de modelos de TDC pode melhorar a qualidade dos cuidados, garantindo que decisões sejam tomadas de forma colaborativa e centrada nas necessidades da criança e da família.