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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
INCIDÊNCIA E CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA DENGUE NO ESTADO DO MARANHÃO
Relatoria:
Allana Milena Sousa de Morais
Autores:
  • Yan Torres Andrade
  • Débora Ellen Sousa Costa
  • Marcelino Santos Neto
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Dengue é uma importante endemia no Brasil, cujo principal vetor é a fêmea do mosquito Aedes aegypti, apresentando 4 sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV- 4). Tal arbovirose possui um padrão sazonal, sobretudo em períodos quentes e chuvosos, e caracteriza-se por ser uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode evoluir para formas mais graves e causar o óbito do paciente. Objetivo: Determinar as taxas de incidência e descrever as características epidemiológicas da dengue no estado do Maranhão no período de 2014 a 2023. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados referentes aos casos novos da doença foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio da plataforma DATASUS/Tabnet no mês de julho de 2024. Foram incluídas as seguintes variáveis: escolaridade, raça, sexo, sorotipo, ocorrência de hospitalização e evolução. Para a determinação das taxas de incidência, considerou-se os casos novos da doença em relação à população estimada do estado do Maranhão a cada 100.000 habitantes, segundo dados obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram expressos valores absolutos e relativos das variáveis epidemiológicas sob investigação. Resultados/discussão: No estado do Maranhão, entre os anos de 2014 e 2023, o número total de casos novos notificados foi de 64.906. Em relação às taxas de incidência, analisou-se que o menor coeficiente registrado foi no ano de 2021 (18,4/100.000 hab.) e o maior foi em 2016 (342,7/100.000 hab.). Quanto à escolaridade, embora 25,96% dos dados correspondam a ignorados e brancos, destaca-se que 18,19% apresentavam o Ensino Médio Completo. No que tange à raça, a população parda representou 79,57% dos dados coletados, e ao sexo, o público feminino configurou 55,07%. Ressalta-se que 99,20% das notificações sobre o sorotipo correspondiam a dados ignorados ou brancos e que o mais predominante foi o sorotipo DENV-1, contabilizando 469 casos notificados (0,72%). Por fim, acerca da hospitalização, 46,12% dos pacientes não foram hospitalizados, e quanto à evolução da doença, 64,49% evoluíram para a cura. Considerações finais: Portanto, a dengue possui índices alarmantes no estado do Maranhão. Assim, é crucial a aprimoração de campanhas de combate ao vetor e o foco na notificação dos sorotipos da doença, pois eles influenciam na evolução dos casos e na resposta imunológica dos pacientes diante de episódios de reinfecção.