Introdução: A dor é uma manifestação comum entre os pacientes e frequentemente presente em pacientes com câncer e geralmente está relacionada diretamente à doença, embora possa ser agravada pelos procedimentos de tratamento. Objetivo: Descrever as etapas de construção de um boneco terapêutico como instrumento de avaliação qualitativa da dor em pacientes oncológicos. Metodologia: O estudo é do tipo relato de experiência, com uma abordagem qualitativa e de caráter descritivo. Trata-se de um estudo relacionado a construção de uma tecnologia leve-dura para uma avaliação qualitativa de dor, direcionada à pacientes oncológicos. Resultados/Discussões: A pesquisa estruturou-se em duas etapas: a primeira realizou-se uma pesquisa bibliográfica acerca de instrumentos de avaliação da dor e a segunda etapa deu-se a construção da tecnologia leve-dura, foi construído um protótipo de um boneco terapêutico. Um boneco terapêutico é uma ferramenta utilizada em terapia para ajudar os pacientes a expressarem suas emoções, traumas ou experiências de forma não verbal para facilitar a comunicação e a expressão de sentimentos e experiências que podem ser difíceis de articular verbalmente. Para a construção da ferramenta, utilizou-se os seguintes materiais: fio de lã, agulha de crochê, agulha tapeçaria, tesoura e enchimento utilizando algodão. Optou-se por materiais de baixo custo, acesso e lavável. Foi construído a uma altura de 35 cm, de cor branca para facilitar a visualização das cores dos demarcadores. O boneco brevemente rememora as estruturas anatômicas do corpo humano: os membros superiores e membros inferiores, além de troncos, cabeça e pescoço. serão dispostas as três cores de marcadores, cada cor consiste em um grau de intensidade diferente de dor: vermelho, a dor intensa, o amarelo, a dor moderada e a cor verde, a dor leve. Feito isso, o paciente irá demarcar no boneco, ou solicitar de forma verbalizada, a respectiva localização de sua dor. Considerações Finais: Os bonecos terapêuticos representam uma ferramenta valiosa e inovadora na escala qualitativa de dor oncológica. Ao oferecer uma forma não verbal e simbólica de expressão, permitem que os pacientes comuniquem sua dor de maneira mais acessível e compreensível, especialmente aqueles com dificuldades de comunicação verbal.