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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PREVALÊNCIA E RISCO DA AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Relatoria:
Katarine Kellin Silva Leite
Autores:
  • Wesley Josinaldo Andrade de Farias
  • Emanuele Isabel Araújo do Nascimento
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Este estudo analisa a prevalência da automedicação em idosos, destacando sua contribuição para problemas de saúde pública. Esse fenômeno é impulsionado pela busca de soluções rápidas e pela fácil acessibilidade a medicamentos (Secoli et al., 2018). A automedicação aumenta o risco de interações medicamentosas e eventos adversos, representando uma preocupação significativa para a população idosa (Oliveira et al., 2018). Objetivo: Analisar na literatura atual os riscos da automedicação em idosos. Metodologia: Utilizando as bases de dados PubMed e SciELO e aplicando os critérios de inclusão e exclusão (idioma: inglês e português; tipo de literatura: artigos; ano de publicação: 2018 a 2024), foram identificados 89 manuscritos, dos quais 40 foram selecionados para leitura. Foram selecionados 18 artigos e 22 foram excluídos com base nos critérios de elegibilidade. Resultados: O consumo de medicamentos entre idosos é um grave problema de saúde pública, agravado pela automedicação. Fatores como compartilhamento de medicamentos, uso de sobras, reutilização de receitas antigas e uso sem prescrição aumentam o risco de interações e eventos adversos. Pesquisas apontam que a prevalência de automedicação em idosos variam de 17,7% a 31,2% em países desenvolvidos e de 8,9% a 80,5% em países em desenvolvimento (Secoli et al., 2018), e muitos deles não percebem os riscos, tratando sintomas sem procurar ajuda profissional (Santos et al., 2018). Dentre os fármacos os analgésicos e antipiréticos são responsáveis por mais de 50% das mortes relacionadas à automedicação (Guarda et al., 2024), evidenciando a necessidade de maior conscientização e educação sobre os riscos. Posto isso, a Lei nº 14.912, de 3 de julho de 2024, modificou a Lei nº 8.080 para instituir campanhas contínuas focadas na automedicação, visando aumentar a conscientização sobre seus riscos e a importância da orientação médica. Conclusão: Existe uma alta prevalência de automedicação em idoso, que pode chegar a 31,2% em países desenvolvidos e 80,5% em países em desenvolvimento. Sendo os analgésicos e antipiréticos os medicamentos mais usados, existem associação entre esse uso e a mortalidade. Esses dados fundamentam a necessidade de uma abordagem educacional do uso de medicamentos em idosos.