Introdução: a vacinação é a principal ferramenta de prevenção contra a influenza, sendo responsável pela redução da circulação viral, e consequentemente, pela diminuição no número de casos. Nesse contexto, a Campanha Nacional de Imunização contra a Influenza, organizada pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo a vacinação de todos os grupos considerados prioritários, inclusive a População Privada de Liberdade (PPL) (Brasil, 2024). Objetivo: descrever uma ação de vacinação realizada em uma unidade prisional feminina no sertão nordestino. Métodos: o presente trabalho retrata a vivência de acadêmicos de Enfermagem e Medicina durante uma ação de vacinação contra a influenza na Cadeia Pública Feminina de Petrolina-PE realizada em junho de 2024, envolvendo um quantitativo de 29 mulheres em privação de liberdade. Pontua-se, ainda, que a execução da atividade foi promovida pelo Projeto de Extensão intitulado: “Promoção de Saúde da Pessoa em Situação de Cárcere no Presídio Feminino”. Resultados: antes da atividade, os extensionistas preparam uma prática educativa com intuito de esclarecer dúvidas a respeito da importância da vacinação para proteção da saúde. Posteriormente, o grupo de pessoas foi submetido aos procedimentos de preenchimento do cartão de vacina e a administração do imunobiológico sob supervisão das enfermeiras preceptoras. Além disso, foram anotadas a quantidade de doses administradas, o lote do imunobiológico e os dados pessoais de cada pessoa vacinada e, ao final da atividade, toda produção foi entregue ao Programa Municipal de Imunização (PMI). Sabe-se que o ambiente carcerário é marcado por diversos problemas, como a infraestrutura sucateada, superlotação e sala mal ventiladas, que são fatores condicionantes para a disseminação de doenças infectocontagiosas, como a Influenza. Logo, a vacinação surge como uma estratégia de garantia à proteção da PPL (Gomes et al., 2022). Conclusão: a partir da realização da atividade, foi possível perceber que a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, vivenciada pelas mulheres encarceradas, impacta negativamente no processo de promoção e proteção da saúde e na garantia dos direitos, tais como da imunização. Outrossim, o projeto extensionista também contribuiu para a formação dos estudantes, uma vez que possibilitou a atuação no campo teórico-prático como agentes provedores de cuidado, suprindo o vazio assistencial da população privada de liberdade.