Introdução: A enfermagem é uma profissão essencial nos cuidados em saúde, porém enfrenta sobrecarga de trabalho, baixa remuneração e recursos limitados. Esses desafios afetam a qualidade de vida dos enfermeiros, interferindo em sua dedicação e entrega à profissão. Nesse contexto, a teoria do cuidado transpessoal de Jean Watson enfatiza a importância de uma relação terapêutica baseada na empatia e cuidado, tanto para pacientes quanto para os próprios profissionais. Objetivo: Refletir sobre a desvalorização do profissional de enfermagem e sua relação com a prática centrada no cuidado transpessoal, conforme proposto pela teoria de Jean Watson. Método: Para alcançar o objetivo, realizou-se uma análise reflexiva baseada na teoria do cuidado transpessoal de Jean Watson, utilizando como fonte diversas fontes bibliográficas que abordam sobre a desvalorização do profissional de enfermagem em diferentes dimensões, bem como os princípios da teoria de Watson relacionados ao cuidado transpessoal. Resultados: A desvalorização do profissional de enfermagem pode ser observada em várias dimensões, incluindo a falta de reconhecimento da importância do trabalho, inadequada remuneração e condições de trabalho precárias. Esses fatores afetam negativamente a autoestima e motivação dos enfermeiros, comprometendo sua capacidade de oferecer cuidado de qualidade, fundamentado no cuidado transpessoal. A teoria de Jean Watson destaca a importância de uma relação terapêutica que abrange o suporte físico, emocional e espiritual aos pacientes. A desvalorização do profissional de enfermagem contradiz esse princípio, uma vez que a falta de reconhecimento e as condições precárias podem prejudicar a habilidade do enfermeiro em fornecer cuidado autêntico e significativo. Conclusão: Este estudo ressalta o impacto direto da desvalorização do profissional de enfermagem na prática centrada no cuidado transpessoal. Reconhecer a importância e valor dos enfermeiros, proporcionando adequada remuneração e condições de trabalho, é crucial para que possam exercer seu papel como facilitadores do cuidado humano. Construir um ambiente favorável permitirá aos enfermeiros estabelecerem relações de confiança e empatia com os pacientes, proporcionando cuidados de qualidade que considerem suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.