INTRODUÇÃO: O pré-natal é um conjunto de procedimentos clínicos e educativos que monitoram as condições de saúde do binômio mãe/bebê, evitando complicações na gravidez e no pós-parto, sendo recomendado, pelo Ministério da Saúde (MS), que ocorra em, no mínimo, 06 consultas. Analisar as consultas por regiões brasileiras é essencial para promover a equidade e planejar políticas públicas em saúde. OBJETIVO: Discorrer sobre a quantidade de consultas de pré-natal realizadas de 2018 a 2022 por região brasileira. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico descritivo realizado a partir de dados extraídos do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), acessados por meio do DATASUS, sobre a quantidade de consultas de pré-natal realizadas na Atenção Básica por Região brasileira, do ano de 2018 a 2022. Realizado também o cálculo dos valores das médias (M) de consultas realizadas em cada Região e do desvio padrão. RESULTADOS: De 2018 a 2022, as Regiões brasileiras registraram aproximadamente 13,4 milhões de consultas de pré-natal na Atenção Básica, das quais ocorreram na região Sudeste (n = 5.210.625), Nordeste (n = 3.784.656), Sul (n = 1.857.858), Norte (n = 1.462.782) e Centro-Oeste (n = 1.152.620). As médias de consultas realizadas em cada Região, em unidades de 100.000, mostraram que Sudeste (M = 17,37 ± 21,12), Nordeste (M = 12,62 ± 12,31), Sul (M = 6,19 ± 7,99), Norte (M = 4,88 ± 3,16) e Centro-Oeste (M = 3,84 ± 4,05). No concerne às informações do número de consultas, 755.382 gestantes realizaram de 1 a 3 consultas, 2.750.248 de 4 a 6 consultas, 9.962.911 realizaram 7 ou mais consultas, 68.194 registros foram “Ignorado/não informado” - onde o dado não foi preenchido e não consta no sistema - e 226.511 gestantes não realizaram nenhuma consulta. CONCLUSÃO: O Sudeste consiste na região mais populosa e com grande montante de unidades de assistência à saúde, fatores que corroboram para o maior quantitativo de consultas de pré-natal. Em contrapartida, o Norte e o Centro-Oeste apresentam uma parcela menor de consultas dessa natureza, refletida em valores substancialmente baixos de suas médias. Houve uma elevada quantidade de registros “Ignorado/não informado” e de gestantes que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal, assim como observa-se uma baixa quantidade de mulheres que realizaram o mínimo de atendimentos recomendado pelo MS, o que exige atenção na realização de mais estudos e intervenções que modifiquem tal cenário.