INTRODUÇÃO: A violência sexual tem sido vista como um problema histórico, social e mundial, que tem aumentado de forma exorbitante. A mulher, por ser alvo prioritário desse tipo de violência, tem merecido a atenção por parte de profissionais, principalmente os enfermeiros que, em sua trajetória prática, podem deparar-se com essa situação, exigindo conhecimento específico e habilidade para realizar esse cuidado de forma humanizada, que deve ser sentido e vivido por parte de quem cuida e de quem é cuidado. OBJETIVO: Descrever a atuação do enfermeiro frente a assistência à mulher vítima de violência sexual. MÉTODO: Trata-se de uma revisão da literatura, de caráter descritivo e qualitativo, fundamentada em 18 artigos dos últimos 5 anos, nas bases de dados LILACS, SciELO, BDENF e BVS. RESULTADOS: O primeiro contato da mulher no âmbito da saúde, deve acontecer com os profissionais de enfermagem, que necessitam acolher de modo humanizado, realizar anamnese, coleta de material para exames laboratoriais, administração de medicações e escuta qualificada. Portanto, se faz necessário discutir os modos de cuidar em enfermagem à mulher vítima de violência sexual, buscando aprofundar conhecimentos que incidam o exercício de enfermagem. Logo, o cuidado realizado pelo enfermeiro direciona-se para um saber técnico, em que suas ações estão voltadas para o tratamento das lesões, prevenções das Infecções Sexualmente Transmissíveis, bem como para a prevenção de uma gestação indesejada. Assim, a atuação do enfermeiro pode ser vivenciada pelo profissional e pela mulher vítima de violência sexual, desde o momento da chegada no serviço de atendimento e durante todo o processo assistencial realizado. Nesse sentido, o cuidado de enfermagem a esse público é assegurado de forma que a vítima e a família se sintam protegidas e seguras no atendimento prestado, na garantia do sigilo e dos encaminhamentos adequados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, conclui-se que o cuidar em enfermagem à mulher vítima de violência sexual leva ao entendimento de que as ações do enfermeiro estão centradas em sua maior parte no cuidado técnico, apesar de haver a necessidade de agregar à prática cotidiana, o cuidar na dimensão acolhedora, humana e empática. Assim, mostramos possibilidades de outras dimensões do cuidar, a partir de uma escuta qualificada, com atitudes acolhedoras ao modo de receber, ouvir, tocar e tratar, bem como uma relação autêntica entre o ser que cuida e o ser cuidado.