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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO DE 2012 A 2022
Relatoria:
Verena da Costa Pereira
Autores:
  • Rafaela Tavares Silva Magalhães Cardoso
  • Klaiwer do Nascimento Xavier
  • Laissa Vitoria de Siqueira Ribeiro
  • Marco Antonio dos Santos Dourado
  • Jâina Carolina Meneses Calçada
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Esquistossomose, também conhecida por “xistose”, “barriga-d’água” ou “mal do caramujo”, é uma doença causada por um parasita da família Trematoda, que é dividida em Bilharzielinae e Schistosomatinae, sendo essa a parasitária do homem. No Brasil, fixou-se a espécie Schistosoma mansoni devido as áreas hídricas e os favoráveis hospedeiros intermediários, os caramujos, prevalentes no território. Epidemiologicamente, de acordo com o Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE), os anos de 2009 a 2019 apresentaram variações positivas para o parasita e 423.117 casos, especificamente em 19 estados, dentre eles Pernambuco. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da mortalidade por Esquistossomose no estado de Pernambuco no período de 2012 a 2022. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico realizado a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) disponibilizados no sítio eletrônico DATASUS. Foram analisadas todas as mortes por Esquistossomose em Pernambuco nos anos de 2012 a 2022. Na análise dos dados utilizou-se o software Excel para realizar o delineamento descritivo e temporal, para elaboração das taxas de mortalidade empregou-se a estatística univariada e para a construção dos mapas o software TabWin 4.1.5. RESULTADOS: De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID 10) B65, em Pernambuco, no período analisado, foram registrados 1.669 óbitos por Esquistossomose. Mais da metade era do sexo feminino (n=905; 54,22%) e cor/raça predominantemente parda (n=1.042; 62,43%). O maior número de casos encontrados pertencia a faixa etária de 60 a 79 anos representando 58,24% do total encontrado (n=972). A taxa de mortalidade média bruta foi de 17,62 óbitos por 100.000 habitantes, com tendência linear decrescente das mortes ao longo dos anos (R² = -0,08). Os municípios com as maiores taxas de mortalidade média bruta foram: Recife e Caruaru com, respectivamente, 9,86 e 1,02 óbitos por 100.000 habitantes. CONCLUSÃO: Apesar do sucinto decréscimo de morte ao longo dos anos, é importante evidenciar que fatores de risco da Esquistossomose ainda se encontram presentes no território. Logo, é imprescindível a realização de medidas de saúde pública, como impedir o contato da população com águas em que existem caramujos infectados, além de ações de saneamento básico e promoção de educação em saúde, principalmente em áreas endêmicas como Pernambuco.