INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são ambientes complexos e exigentes, onde a equipe multiprofissional deve estar altamente qualificada para prestar cuidados a pacientes em estado crítico. Entre as diversas responsabilidades dos enfermeiros na UTI, a administração de drogas vasoativas se destaca pela sua importância e complexidade. Essas medicações são essenciais para o manejo de condições hemodinâmicas instáveis, e seu uso inadequado pode resultar em consequências graves. OBJETIVO: Descrever a experiência e os conhecimentos adquiridos durante o estágio obrigatório na UTI de um Hospital Universitário, enfatizando o manejo e a administração de drogas vasoativas pelos enfermeiros, bem como identificar desafios e lacunas no conhecimento desses profissionais. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O estágio foi realizado durante 70 dias, totalizando 420 horas, na UTI de um Hospital Universitário. Durante esse período, as atividades incluíram observação e administração de drogas vasoativas, acompanhamento de rounds médicos, participação em discussões de casos clínicos e realização de procedimentos sob supervisão. A coleta de dados foi feita por meio de anotações de campo, entrevistas informais com os enfermeiros e revisão de literatura sobre o tema. DISCUSSÃO: Os enfermeiros da UTI demonstraram um bom conhecimento teórico sobre drogas vasoativas, adquirido tanto na formação acadêmica quanto em cursos de atualização. No entanto, algumas lacunas foram identificadas, especialmente em relação às interações medicamentosas e aos efeitos adversos menos comuns. A prática diária na UTI permitiu aplicar e reforçar esses conhecimentos, embora a alta carga de trabalho e a necessidade de decisões rápidas em situações de emergência apresentassem desafios significativos. CONCLUSÃO: O estágio na UTI de um Hospital Universitário foi uma experiência enriquecedora que destacou a importância do conhecimento sobre drogas vasoativas para a prática de enfermagem em ambientes críticos. Embora os enfermeiros demonstrem um bom conhecimento teórico e habilidades práticas, ainda existem desafios e lacunas que precisam ser abordados por meio de educação continuada e protocolos bem definidos. A experiência ressaltou a importância do trabalho colaborativo e da atualização constante para garantir a segurança e a eficácia do cuidado ao paciente crítico.