INTRODUÇÃO: O desenvolvimento infantil (DI) é um processo complexo, resultado da interação entre herança genética, aspectos biológicos e influência do ambiente em que a criança vive. Caracteriza-se pela aquisição de habilidades em aspectos cognitivos, psicossociais, linguísticos e motores para a execução do seu papel na sociedade. A Caderneta de Saúde da Criança (CSC), é um instrumento essencial para o acompanhamento da saúde, crescimento e desenvolvimento infantil e deve ser registrada adequadamente. OBJETIVO: Evidenciar a importância do registro adequado da caderneta da criança para o acompanhamento do desenvolvimento infantil. MÉTODO: Revisão narrativa de literatura, descritiva, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando as bases de dados LILACS e BDENF. Descritores: Enfermagem; Desenvolvimento infantil; Registro de Enfermagem, com o booleano “AND”. Incluíram-se textos completos, de livre acesso, em inglês e português, de 2019 a 2024. Excluíram-se artigos duplicados e fora da temática. DISCUSSÃO: Identificaram-se 12 artigos, dos quais 4 atenderam ao objetivo deste estudo. A literatura evidencia que a participação dos pais ou responsáveis durante o registro da CSC aumenta a adesão aos cuidados da criança. Contudo, a orientação profissional sobre o registro da caderneta não é satisfatória. A CSC é subutilizada nas práticas profissionais, sendo lançada adequadamente somente no campo de imunização. Essa lacuna no registro da caderneta dificulta a identificação precoce de problemas no desenvolvimento, já que o monitoramento contínuo e detalhado é fundamental para as intervenções adequadas. CONCLUSÃO: A CSC é essencial para monitorar o desenvolvimento infantil, registrando avanços e atrasos. O preenchimento adequado, com participação ativa dos pais e orientação eficiente dos profissionais de saúde, é primordial para acompanhar o desenvolvimento da criança de forma integrada. Apesar da sua importância, a caderneta é frequentemente subutilizada e preenchida inadequadamente. Para melhorar seus benefícios, é necessário capacitar os profissionais de saúde e aumentar a conscientização dos pais sobre seu uso. Políticas públicas que reforcem a utilização correta da CSC podem melhorar o acompanhamento do desenvolvimento infantil, garantindo intervenções precoces e eficazes.