Introdução: A hospitalização e o procedimento cirúrgico são eventos causadores de crise que impactam tanto a criança quanto o seu acompanhante. Nesse contexto, a orientação pós-operatória fornecida pela equipe de enfermagem constitui uma intervenção humanizada que considera o cuidado integral do ser humano, reduzindo ansiedades, dúvidas e incluindo os responsáveis no protagonismo do cuidado das crianças. Além disso, as orientações de enfermagem direcionam o cuidado após a alta hospitalar, contribuindo para a segurança e redução de reinternação do paciente. Objetivo: Identificar a percepção dos acompanhantes das crianças quanto às orientações pós-operatórias na cirurgia pediátrica. Metodologia: Constitui-se por um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa. O cenário foi uma enfermaria de cirurgia pediátrica de um Hospital Universitário no município do Rio de Janeiro. Participaram 128 acompanhantes das crianças em situações cirúrgicas, sendo selecionados através de amostragem não probabilística por conveniência. A pesquisa seguiu os preceitos éticos dispostos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição sob número de parecer 2.940.781. Resultados: A partir dos dados coletados nas entrevistas, é possível inferir que os acompanhantes, em geral, recebem orientações quanto ao pós-operatório. As orientações mais frequentes relatadas pelos entrevistados foram as relativas aos cuidados com alimentação, jejum e cuidados com curativo e a ferida cirúrgica. Outras orientações que apareceram com menor frequência foram as relacionadas com os cuidados com medicamentos, higiene corporal e cuidados gerais pós-cirúrgicos. Dessa forma, nota-se que há a ocorrência de orientações de enfermagem voltadas para os cuidados de enfermagem pós-operatórios, favorecendo para um atendimento humanizado e individualizado por parte da equipe de enfermagem. Conclusões: Os acompanhantes demonstraram uma satisfatória apropriação das informações fornecidas pela enfermagem através das orientações. Dessa forma, afirmaram se sentir mais seguros e capazes de auxiliar nos cuidados da criança com autonomia, tanto no período final de internação quanto no retorno para a realidade domiciliar.