Introdução: Devido aos desafios da gravidez indesejada na adolescência no Brasil, o cuidado familiar é uma responsabilidade da Equipe de Saúde da Família (eSF). O Planejamento Familiar é um direito garantido pela Constituição Federal. A enfermagem desempenha um papel fundamental nesse contexto, ao transferir informações, oferecer aconselhamento e promover educação em saúde. Esta é crucial na atenção integral ao indivíduo, focando não apenas na cura da doença, mas também no bem-estar geral. Objetivo: Analisar a assistência de enfermagem frente ao planejamento familiar na atenção primária à saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, na qual se realizou uma busca na BVS nas bases de dados: BDENF, MEDLINE e LILACS. A estratégia de busca utilizou os DeCS combinados com o operador booleano AND: Planejamento Familiar; Atenção Primária a Saúde; Cuidados de Enfermagem. A busca pelos artigos adotou critérios de inclusão: disponibilidade do texto completo e artigos científicos publicados em português, inglês ou espanhol. Como critérios de exclusão, serão considerados: teses, e artigos anteriores a 2019. Todas as informações presentes nos artigos selecionados para este estudo foram analisadas minuciosamente e verificadas, sendo escolhidos três artigos para compor esse estudo. Resultados e discussão: Com base na interpretação dos achados, foi fragilidades na assistência ao planejamento familiar. Essas fragilidades incluem a necessidade de capacitação dos enfermeiros nas unidades, a falta de espaços adequados para orientações, a ausência de ações específicas e a execução isolada dessas ações, além da falta de coordenação com outros serviços e a necessidade de atendimento prioritário ao público feminino. Apesar dessas limitações, os de enfermagem na atenção básica desempenham um papel positivo na melhoria da qualidade de vida sexual de homens e mulheres, oferecendo educação em saúde, realizando consultas de enfermagem, promovendo uma escuta qualificada, disponibilizando métodos contraceptivos e envolvendo o paciente na escolha do método. Conclusão: O planejamento familiar está ligado à educação em saúde como uma ferramenta para prevenir gestações indesejadas. O enfermeiro desempenha o papel de mediador entre o serviço e a população, buscando estratégias eficazes para assegurar os direitos à saúde sexual e reprodutiva. Este deve reconhecer para assim, enfrentar as dificuldades para aprimorar essa assistência.