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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
A IMPLANTAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Relatoria:
JULIANA NAZARÉ BESSA-ANDRADE
Autores:
  • BEATRIZ FRANCISCO FARAH
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 3: Inovação, tecnologia e empreendedorismo nos processos de trabalho da Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Para a qualificação da jornada do usuário com base na acessibilidade, e promoção do cuidado longitudinal e não somente nas situações agudas; as Operadoras de Saúde atuantes na Saúde Suplementar têm se inclinado para a implantação de Modelos de Cuidado pautados nos princípios da APS implantada pelo SUS. Objetivo: identificar as experiências de implantação de Atenção Primária na Saúde Suplementar. Metodologia: Revisão integrativa de literatura. Resultados: Um total de 10 artigos publicados entre 2009 e 2020 compuseram o presente estudo. Os eixos norteadores da APS, seguem atuais em todos os artigos encontrados. O entendimento sobre Acesso foi ampliado devido às ações de Telemedicina, que transpassaram limites territoriais, trazendo o cuidado em lóculo sem a necessidade do paciente se deslocar até o centro de saúde. Os Programas para promoção de saúde e prevenção de riscos e doenças (PromoPrev), contribuem na qualificação da Gestão em Saúde no setor. Foram encontradas dificuldades interligadas aos processos regulatórios administrativos que pregam a redução de custos, dificultando o desenvolvimento do cuidado integral, apontando que ainda existe um caminho longo a ser percorrido pela atenção suplementar. Discussão: Evidenciou-se os benefícios da APS Suplementar: melhora na qualidade do cuidado, por este ser mais completo, personalizado e centrado no paciente. Há custo evitado em internações, exames desnecessários e outros procedimentos, pois a APS promove a prevenção e o manejo adequado das DCNTs, e maior satisfação dos usuários, com base no acolhimento neste nível de atenção. Dentre os desafios para a implementação da APS Suplementar, podemos citar que poucas Operadoras buscam pelo processo de qualificação, ainda há uma carência de profissionais qualificados para atuar na APS Suplementar, há desvalorização pois a APS ainda é vista por muitos beneficiários como um modelo de assistência de menor importância, o que gera resistência ao cuidado. Conclusão: Esta revisão apresentou a dificuldade em implantar um modelo de APS, que preconize o cuidado integral, na saúde suplementar. São imprescindíveis estudos inéditos relacionados à Saúde Suplementar e os cuidados primários, que envolvam diferentes metodologias, como estudos quantitativos e estudos mistos. Dentre os estudos qualitativos, é importante dar voz ao usuário, tornando-o protagonista das ações de cuidado.