
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
USO DE CLOREXIDINA NA HIGIENE DE FERIDAS POR QUEIMADURA: UM ESTUDO EXPERIMENTAL DA CICATRIZAÇÃO
Relatoria:
Jullia Rodrigues de Sousa e Silva
Autores:
- Ana Caroliny da Silva
- Hélio Galdino Júnior
- Karoline Sobrinho Mendes
- Ruy de Souza Lino Júnior
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Queimaduras são lesões cutâneas causadas por exposição a diversos agentes tais como calor, frio, radiação, produtos químicos ou eletricidade, representando um desafio significativo para a saúde pública globalmente. No Brasil, essas lesões resultam em aproximadamente 150.000 hospitalizações anuais. A gravidade das queimaduras varia conforme a extensão e pode resultar em complicações sérias, como infecções, sepse e aumento do risco de mortalidade. A utilização de antissépticos na limpeza das feridas, como a Clorexidina que possui efeito bacteristico e em altas concentrações bactericida, é a mais utilizada ao redor do mundo. Além disso, demonstra ser mais eficaz e segura para antissepsia de pele íntegra do que o próprio PVPI. No entanto, há necessidade de mais estudos para garantir a segurança e eficácia do uso diário desses antissépticos na limpeza de queimaduras. OBJETIVO: Avaliar o efeito da limpeza diária com Clorexidina na cicatrização de feridas por queimaduras. METODOLOGIA: O estudo experimental realizado com 36 ratos Wistar divididos em grupo controle: limpeza com SF 0,9% (G1) e grupo de comparação: limpeza com Clorexidina. A queimadura foi realizada, de forma delimitada e com espessura parcial, por meio da imersão da área do dorso do animal exposta a água fervente (95ºC), por um período de 10 segundos, com os animais previamente sedados e anestesiados. Após queimados, as feridas eram higienizadas diariamente com soro fisiológico ou Clorexidina, conforme o grupo, e ocluídas. Avaliou-se em 7, 14 e 21 dias: porcentagem de fechamento da ferida, tecido de granulação e reepitelização, infiltrado polimorfonuclear (PMN), infiltrado mononuclear (MN), angiogênese e fibroblastos. Os dados foram analisados utilizando os testes ANOVA e pós teste de Tukey ou Teste de Kruskal-Wallis e pós teste de Dunn. RESULTADOS: A limpeza diária com Clorexidina, em todos os períodos avaliados, não alterou a porcentagem de fechamento das feridas comparadas ao controle. Aos 21 dias o grupo tratado com clorexidina induziu maior quantidade de granulação comparado ao controle. A limpeza diária com clorexidina induziu uma maior proporção de fibroblastos e angiogênese aos 7 dias experimentais. CONCLUSÃO: A limpeza diária com Clorexidina apresentou melhores efeitos na cicatrização aos 7 dias. Além disso, a limpeza diária com clorexidina potencializou a cicatrização das queimaduras e não trouxe prejuízos para a cicatrização.