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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
O IMPACTO DO PRECONCEITO E ESTIGMA NA VIDA DOS PACIENTES COM HANSENÍASE
Relatoria:
Nathália Almeida de Araújo
Autores:
  • Claudia Aparecida Godoy Rocha
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Hanseníase, doença que tem acompanhado a humanidade durante séculos, ainda hoje é um grande problema de saúde pública, tornando-se não apenas um desafio médico, mas que carrega consigo marcas de discriminação, preconceito e sofrimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma doença tropical negligenciada, tendo em vista que o Brasil ocupa o segundo lugar com maior número de casos no mundo, ficando atrás apenas da Índia. Objetivo: Analisar o impacto do preconceito associado à hanseníase, uma doença historicamente estigmatizada, na vida dos pacientes. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão foram: artigos de acesso gratuito, publicados em português, inglês e espanhol entre os anos de 2014 e 2024. Excluídos teses e dissertações, manuais, cartas ao editor e opiniões de especialistas. Inicialmente foram identificados 8 artigos, dos quais 4 foram selecionados após aplicação dos critérios de inclusão. Resultados: Observa-se que mesmo nos tempos atuais, caracterizado por avanços tecnológicos, diagnósticos precisos e tratamentos eficazes, mesmo que já se tenha a cura a hanseníase ainda é um grande alvo de discriminações e preconceitos por parte da sociedade e até mesmo de como indivíduos portadores veem a si mesmos, estigma já enraizado na cultura dos indivíduos, causando grande sofrimento aos seus portadores. Nesse sentido, desde o surgimento das primeiras suspeitas, os pacientes sentem uma profunda angústia, pois enfrentam o temor da ruptura de vínculos familiares, profissionais e na comunidade. Ademais, a confirmação do diagnóstico muitas vezes desencadeia danos psicológicos severos como sentimento de medo, vergonha, tristeza e até mesmo o desejo de morrer. Portanto, faz-se essencial um acompanhamento humanizado e que seja iniciado desde o início da suspeita e se estenda até a sua recuperação completa. Conclusão: É indispensável o apoio psicológico aos hansenianos, pois é evidente que eles não sofrem apenas dos desafios da doença, mas os aspectos psicológicos associados aos estigmas e a mudança de vida de cada indivíduo. Ademais, é essencial o investimento, busca e incentivo dos profissionais de saúde, para aumentar a conscientização da sociedade, podendo contribuir para a inclusão e redução de preconceitos, promovendo assim uma recuperação completa e sem maiores danos.