
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DO PANORAMA DE MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO PARÁ
Relatoria:
Amanda Monteiro Veloso
Autores:
- Andréia Maria Monteiro Veloso
- Bruna Taís Rocha Damasceno
- Leonardo de Paula Vieira Martinez
- Érika Patricy Serrão Ramos
- Patrícia de Vasconcelos Cardoso Muniz
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a mortalidade materna (MM) como o óbito feminino durante o período gestacional ou até 42 dias pós-parto, independente do tempo e localização da gravidez, com causa associada ou agravada pela gestação. O óbito materno é vinculado a uma multifatoriedade, tendo influência de aspectos socioeconômicos, assistência à saúde reprodutiva, atenção ao pré-natal, parto e puerpério, e comorbidades com complicações clínicas e obstétricas. Ademais, é valido ressaltar que a MM se configura como um significativo indicador da qualidade de vida da população, haja vista que a maioria desses óbitos são provocados por causas evitáveis. Objetivo: Verificar o cenário da MM no estado do Pará – de 2020 a 2022 – embasado pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), considerando mulheres em idade fértil (10 a 49 anos). Resultados e discussão: O SIM subdivide os óbitos maternos declarados em causas obstétricas diretas, indiretas e não especificadas. Assim, no ano de 2020 houve a notificação de 132 mortes maternas, com um aumento no ano de 2021, o qual registrou 165 mortes. No ano de 2022 foi observado um declínio no número de óbitos, contendo 99 registros. Analisando os dados do SIM, percebe-se que os óbitos por causas obstétricas diretas são os que detêm a maior quantidade de registros, em todos os anos. Além disso, encontra-se que as taxas de razão de mortalidade, a cada 100.00 nascidos vivos (NV), nesses anos no estado são, respectivamente: 99,3, 121,1 e 77,3, apresentando taxas maiores que as nacionais, as quais foram em 2020 de 72, em 2021 de 113,2 e em 2022 de 53,5, ou seja, o Pará se caracteriza como um estado brasileiro onde a MM é um imbróglio persistente e urgente de ser neutralizado. Somado a isso, identifica-se que essa conjuntura demonstra a distância em se atingir a meta global proposta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a qual estabelece que a razão de MM seja de, no máximo, 30 óbitos a cada 100.000 NV, até 2030. Considerações finais: Portanto, apesar da redução do número de mortes maternas no Pará em 2022, o cenário no estado é notório quanto as altas taxas de razão de MM, promovendo questionamentos acerca da assistência ofertada às mulheres no ciclo gravídico-puerperal, estabelecendo-se como uma problemática que urge por políticas públicas assertivas, sobretudo pelo fato de esses óbitos maternos serem, em grande parte, preveníveis.