INTRODUÇÃO: O ato de ofertar a mama ao lactente, com fins nutritivos, é concebido como processo de amamentação, sendo este considerado um direito do binômio. Ainda, a amamentação é a principal intervenção preventiva de morte de crianças menores de 5 anos e compreende benefícios materno-infantil. Entende-se que fatores biopsicossociais influenciam na adesão e no abandono do AME, sendo crucial o acompanhamento por uma equipe multiprofissional para efetividade do método. OBJETIVO: Elencar fatores relacionados à adesão ou abandono/não adesão do aleitamento materno através de uma revisão integrativa para associação com diagnósticos preconizados pela CIPE®. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura baseada em seis etapas. Utilizou-se as bases de dados PubMed, SciELO, Medline, Lilacs, BDENF e IBECS via BVS. A busca foi realizada através da estratégia com operadores booleanos a partir dos descritores: aleitamento materno; diagnóstico de enfermagem; saúde materna; e enfermagem. Foram incluídos artigos publicados entre 2019 a 2024 que abordam a temática da revisão integrativa. Foram excluídos teses, dissertações e estudos que não respondiam à questão norteadora definida pela estratégia PICo: “Quais os fatores que influenciam na adesão ou não adesão ao aleitamento materno?”. Foram selecionados 25 artigos e os dados extraídos seguiram os critérios recomendados em Ursi (2005) adaptado. O percurso metodológico segue as recomendações PRISMA. RESULTADOS: A pesquisa identificou que nutrizes enfrentam uma complexidade significativa no processo de amamentar por diferentes fatores. Constatou que a idade materna possui relevância, onde mulheres com idade mais avançada e que possuem experiência anterior costumam apresentar maior adesão ao AME. Assim como a presença de rede de apoio, sendo considerada como rede primária a família da nutriz e a secundária os profissionais de saúde, estes que apresentam ampla significância para a manutenção do AME. Entre os fatores acarretadores do desmame precoce, foram identificados que aspectos emocionais negativos, retorno ao mercado de trabalho carente de apoio à nutriz, bem como a inexistência de redes de apoio e oferta de bicos, chupetas e introdução alimentar precoce são os maiores implicadores da não adesão ao AME. CONCLUSÃO: Diferentes fatores biopsicossociais influenciam na adesão e no abandono do AME, cabendo a equipe de enfermagem ofertar assistência que envolvam a integralidade do binômio.