
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO CEARÁ: UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Relatoria:
Karina Rocha Almeida
Autores:
- FRANCISCA LUANA GOMES TEIXEIRA
- Jâmisson Carvalho Rocha
- Elizete Rios de Vasconcelos
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os acidentes causados por animais peçonhentos podem resultar em sequelas graves e até morte. Entre 2016 e 2020, o Ceará registrou 39.756 acidentes desse tipo. Um bom prognóstico depende da busca imediata por uma unidade de saúde e da identificação correta do animal para receber o tratamento com soroterapia específico. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo apresentar um panorama dos acidentes por animais peçonhentos no Ceará, utilizando uma abordagem bibliográfica qualitativa. METADO: Foram incluídos estudos em português, publicados entre 2013 e 2023, relacionados ao Ceará e que abordassem dois dos seguintes temas: enfermeiro, acidentes com animais peçonhentos e Ceará. Excluíram-se artigos não disponíveis gratuitamente. As fontes de pesquisa foram a Scientific Electronic Library Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Google Acadêmico. Os descritores usados foram: animais peçonhentos, principais tipos de animais peçonhentos, diferenças entre animais peçonhentos e venenosos, acidentes por animais peçonhentos no Ceará e prevenção de acidentes. Inicialmente, foram encontrados 20 artigos, dos quais 5 foram selecionados. RESULTADOS E DISCURÇÕES: Segundo a Secretaria de Saúde do Ceará (SESA), o estado registrou mais de 66 mil acidentes por animais peçonhentos entre 2012 e 2022. As serpentes jararacas foram responsáveis por 5.291 casos, seguidas pelas cascavéis com 723 ataques e a coral-verdadeira com 215 casos. Em 2020, de janeiro a agosto, ocorreram 4.878 acidentes com 10 óbitos. Janeiro teve 1.185 casos, com uma redução em março devido à pandemia de COVID-19. Pires relatou 17.275 casos de intoxicações agudas por animais peçonhentos entre 2017 e 2021, sendo os escorpiões os principais responsáveis, com 14.764 ocorrências. Na zona rural, 866 ataques foram registrados, principalmente por serpentes. Predominou o sexo feminino, com 10.764 casos, e a faixa etária de 20 a 59 anos, incluindo 1.634 casos em crianças de 1 a 9 anos. Silva destacou que vítimas de acidentes ofídicos podem apresentar sintomas variados, sendo os principais a dor, edema e eritema local. CONCIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os acidentes com animais peçonhentos são recorrentes no Ceará, configurando-se como um problema de saúde pública. Destaca-se a importância de ações educativas em saúde sobre o tema e a necessidade de serviços de saúde capacitados para lidar com esses casos.