INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) objetiva estabilizar pacientes críticos cuja a assistência pode estar relacionada a procedimentos invasivos e possível desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAs), muitas vezes associadas a microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos usados, elevando a morbimortalidade, o tempo de internamento e custos. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo determinar o perfil microbiológico dos pacientes internados na UTI adulta de um hospital público do Sertão, Pernambuco. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e prospectivo cujos dados coletados foram referentes ao período de Janeiro a Junho de 2023 e obtidos a partir da coleta de resultados de exames de culturas microbianas processadas pelo sistema Vitec® (Biomerrieux SA, France). Os dados laboratoriais foram tabulados e analisados em planilhas Excel® e descritos em frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas, e estatística descritiva da variável numérica. RESULTADOS/DISCUSSÃO: De acordo com os dados obtidos, 134 culturas foram positivas na UTI geral durante o período de estudo, o que correspondeu a uma taxa de isolamento de microrganismos de aproximadamente 5,35%. Os microrganismos de maior prevalência foram Staphylococcus haemolyticus (22,99%), Staphylococcus hominis (18,94%) e Staphylococcus epidermidis (18,47%). Os antibióticos prescritos foram tazobactam, meropenem e ceftriaxona. Em relação ao perfil de sensibilidade, 66 isolados foram resistentes a oxacilina (49,25%); 58 resistentes a clindamicina (43,28%); 47 resistentes a levofloxacina (35,07%) e, 46 resistentes a gentamicina (34,32%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se a necessidade da melhoria nos processos assistenciais envolvendo os cuidados ao paciente, especialmente a higienização das mãos, assim como a implantação de um programa de gerenciamento (stewardship) de antimicrobianos objetivando a prevenção de microrganismos, bactérias, multiresistentes.