INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento e se caracteriza pelo atraso na fala, dificuldades na interação social e comportamentos repetitivos ou restritos. Esses sintomas podem se manifestar em diferentes níveis de suporte, levando as crianças com TEA a reagirem de maneira intensa aos estímulos sensoriais. A equipe de enfermagem deve estar apta a prestar assistência de qualidade a esse público, respeitando suas particularidades. OBJETIVO: Analisar a literatura sobre os cuidados prestados pela equipe de enfermagem a crianças com TEA em ambiente hospitalar. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) por meio do acesso a MEDLINE, BDENF e ResearchGate, utilizando os descritores: “Assistência Hospitalar”, “Enfermagem” e “Transtorno do Espectro Autista”. Foram incluídos artigos científicos com metodologia de pesquisa de campo exploratória, quantitativa ou qualitativa, no idioma português, publicados nos últimos 10 anos. Os artigos foram fichados para posterior análise a partir dos parâmetros estabelecidos para uma revisão integrativa. RESULTADOS: Através dos descritores utilizados, apenas 9 artigos abordavam a temática principal do trabalho. Constatou-se que a enfermagem apresenta grandes dificuldades ao prestar cuidados e assistência a crianças com autismo no ambiente hospitalar, incluindo desafios na comunicação com os pacientes e familiares e dificuldades expressivas em lidar com questões específicas do autismo, como estereotipias e desorganização sensorial. Isso sinaliza uma grande carência na formação permanente dos profissionais e estudantes de enfermagem. CONCLUSÃO: Conclui-se que o ambiente hospitalar é um causador de estresse para crianças com autismo devido aos procedimentos invasivos e à falta de familiaridade com o ambiente. Apesar de o TEA ser um tema recorrente atualmente, a falta de capacitação na área e a busca por conhecimento ainda apresentam uma grande carência entre os profissionais de enfermagem.