Introdução: A Tireoidite de Hashimoto (TH) é definida por um ataque autoimune às células tireotróficas, causando inflamação e hipotireoidismo. Assim, uma vez que os hormônios tireoidianos triidotironina (T3), tiroxina (T4) e o hormônio tireoestimulante (TSH) contribuem para a regulação de processos fisiológicos, tal patologia pode alterar as funções reprodutivas femininas, causando infertilidade. No entanto, por se tratar de um distúrbio hormonal, a maioria das mulheres acometidas são assintomáticas ou apresentam sintomas inespecíficos, revelando dificuldades para o diagnóstico precoce. Objetivo: demonstrar a relação entre a tireoide de Hashimoto e a infertilidade, bem como os principiais desafios para o diagnóstico preciso. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio de pesquisas bibliográficas nas bases de dados Google acadêmico, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados artigos científicos publicados nos últimos 4 anos. Resultados: A TH pode ser associada à infertilidade feminina, pois os baixos níveis hormonais prejudicam a maturação dos óvulos e interferem no ciclo menstrual. Ademais, o hipotireoidismo está ligado à hiperprolactemia, a qual inibe os hormônios folículo-estimulante e luteinizante, alterando a função gonadal. Assim, a TH está associada à infertilidade, alterações no feto e abortamentos. Diante disso, o diagnóstico atual consiste na análise clínica e laboratorial, com níveis elevados de TSH e presença de anticorpos antiperoxidase e antitireoglobulina, todavia, pacientes podem apresentar, inicialmente, variações de normalidades nos resultados e sintomas inespecíficos, como sonolência, cansaço e queda de cabelo, dificultando o reconhecimento da doença. Além disso, muitos pacientes não procuram realizar exames de tireoide devido a falta de conhecimento acerca da doença e sintomatologia inaparente ou inespecífica, o que impede o diagnóstico adequado. Considerações Finais: Portanto, evidencia-se a associação entre TH e infertilidade, bem como os desafios para o diagnóstico da doença. Assim, demonstra-se a necessidade de uma intervenção mais pontual e multidisciplinar, visando uma terapêutica segura e resolutiva. Nesse contexto, os profissionais de saúde devem estar atentos às manifestações da doença, principalmente, em mulheres grávidas ou em planejamento gestacional, a fim de reduzir e melhorar a qualidade clínica de muitas pacientes com TH.