Introdução: A maternidade, é uma característica biológica que foi concedida à mulher. É ela quem vai gestar, pari, amamenta, cuidar e educar. Dentro de uma sociedade indígena não é diferente, a mulher tem a função de reproduzir e da continuidade a descendência dela. Possuindo um papel social indispensável na infância das crianças, que é a transmissão da cultura e tradição. Por isso, é natural nas comunidades indígenas, a criança fica praticamente coladas à mãe durante os dois primeiros anos de vida. Objetivo: Descrever a importância da maternidade para mulheres indígenas e, quais os desafios enfrentados por elas na atualidade. Método: Trata-se de uma revisão de literatura, com materiais já publicados, como livros, artigos científicos, revistas, monografias e dissertações. Para execução do trabalho o mesmo foi dividido em 5 (cinco) etapas: identificação do tema, formulação da questão da pesquisa, estabelecimento dos critérios de inclusão, definição das informações a serem extraídas dos estudos e formulação dos resultados e conclusão. O banco de dados utilizados foi PubMed, Scielo, Biblioteca virtual em saúde e Google acadêmico. Resultados e Discussão: Verificou-se que em se tratando de mulheres indígenas, a maternidade está vinculada a diversos valores socioculturais, que envolvem toda uma organização social, tais como: cosmologia, história, parentesco, economia, política e rituais. Entre as indígenas, a maternidade é uma experiência de vida, que envolve a valorização e solidariedade entre elas, sendo um processo satisfatório e prazeroso, bem mais do que uma simples reprodução. No entanto, as indígenas enfrentam diversos desafios no dia a dia, como por exemplo: a exclusão social, pobreza, marginalização e a discriminação. O que ocasiona maior vulnerabilidade a este grupo, especialmente no quesito saúde, sendo que na maioria das vezes, os serviços de saúde destinados ao atendimento dessas mulheres são inadequados para prover uma assistência de qualidade. Considerações Finais: Através do levantamento de literaturas, foi possível observar que a mulher indígena é culturalmente preparada, não apenas para ser mãe, mas também para passar boa parte de sua vida adulta dentro desse processo de gestar e parir. Verificou-se também que atualmente o parto das mulheres indígenas ocorrem em hospitais. Nota-se uma carência de estudos voltados para essa temática com mulheres indígenas, o que impossibilitou uma maior compreensão do tema maternidade indígena.