Introdução A violência é um problema social complexo e multifacetado, que exige abordagens interdisciplinares para sua prevenção e controle. Este relato de experiência descreve a participação de estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) em um programa de extensão focado na prevenção da violência. Nas atividades desenvolvidas destacou-se a importância de trabalhar o tema entre jovens escolares para que a partir do conhecimento seja possível reduzir as diversas formas de violência vividas ou praticadas com ou por eles; e para os estudantes extensionistas houve fortalecimento nas ações de prevenção e combate ao fenômeno a fim de se construir uma sociedade mais segura e equitativa. Metodologia Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de um dos projetos do Programa de extensão, Violências vividas ou sentidas: Podemos conversar? Foi desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande na Escola Municipal Padre Antonino da cidade de Campina Grande – PB, por discentes do curso de Enfermagem. A população foi constituída de estudantes do Ensino Fundamental II, e a amostra de estudantes que frequentaram a escola no período de desenvolvimento do projeto. Resultados O desenvolvimento do projeto proporcionou resultados importantes para o grupo que o desenvolveu e para aqueles que firam acolhidos para trabalhar o tema. Entre os estudantes extensionistas houve o reconhecimento da violência quanto problema de saúde pública que visa ser trabalhado em todos os contextos sociais e em todos os grupos etários; e para os alunos do ensino fundamental houve o reconhecimento das violências vividas, sentidas e muitas vezes praticadas, e o importante entendimento que cada um pode somar para redução de tal fenômeno. Conclusão O envolvimento de jovens estudantes de enfermagem na prevenção da violência através de programas de extensão registrou uma experiência enriquecedora e transformadora. A integração entre universidade e comunidade não só contribuiu para a redução da violência local, mas também preparou os futuros profissionais de saúde para atuarem de forma ética, crítica e comprometida com a promoção da paz e do bem-estar social. Esta experiência reforça a importância de programas de extensão na formação acadêmica e na construção de uma sociedade mais justa e segura. Além do mais permitiu capacitar os estudantes para atuarem como agentes de prevenção da violência na escola e comunidade.