Introdução: a Organização Mundial da Saúde (OMS) determina a adesão como medida em que o comportamento de uma pessoa de tomar medicação, seguir uma dieta, realizar exercícios físicos ou exercer mudanças no Estilo de Vida (EV), corresponde as recomendações para melhora na qualidade de vida e aumento de anos de vida saudável. Todavia, comportamentos relacionados ao EV inadequado podem estar associados, parcialmente, a complicações e mortalidade por Doenças Cardiometabólicas (DCM). Objetivo: avaliar o EV de pessoas com DCM. Método: trata-se de estudo descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, nas unidades básicas de saúde no interior do Estado do Ceará. Foram incluídos 63 indivíduos com DCM, de ambos os sexos e idade igual ou superior a 18 anos. Na coleta de dados, utilizou-se formulário eletrônico composto por perfil sociodemográfico e o questionário Estilo de Vida Fantástico (EVF). O EVF é constituído por 25 questões com respostas entre zero e quatro, na escala de Likert, distribuídas em nove domínios (família e amigos; atividade física; nutrição; cigarro e drogas; álcool; sono, cinto de segurança, estresse e sexo seguro; tipo de comportamento; introspecção e trabalho). Os dados foram organizados no Microsoft Office Excel® e analisados no SPSS® Statistics, versão 22.0, para inferência estatística descritiva. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (CAAE 37047620.1.0000.5576). Resultados: dos 63 indivíduos, houve predomínio do sexo feminino, com 88,9% (56), com faixa etária entre 29 e 75 anos e idade média de 54,19 anos. Observou-se que 46,02% (52) possui diagnóstico de hipertensão arterial. Na classificação do EV, verificou-se que 47,6% (30) dos indivíduos estava ao nível bom, 34,9% (22) nível muito bom, 12,7% (8) nível regular. Os domínios que tiveram as menores médias foram de atividade física (1,67+1,333), tipo de comportamento (1,90+1,394) e nutrição (2,32+1,542). Conclusão: o EV de pacientes com DCM foi classificado como bom, demonstrando que existe relação positiva entre os domínios avaliados. Entretanto, ainda possui baixos índices relacionados a comportamentos modificáveis como sedentarismo, alimentação desequilibrada e consumo de álcool e tabaco. Logo, existe a necessidade da elaboração de estratégias educativas para a adesão de hábitos de vida saudáveis com acompanhamento profissional adequado.