Introdução: a Hipertensão Arterial (HA) é uma condição crônica e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Está associada a uma série de complicações que podem comprometer significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Objetivo: avaliar a qualidade de vida em pessoas com hipertensão arterial em munícipio do nordeste brasileiro. Método: trata-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 109 adultos com HA atendidos em unidades básicas de saúde no município de Fortaleza, no estado do Ceará, de novembro de 2021 a dezembro de 2022. Os pacientes foram abordados nos dias de consulta de HIPERDIA e convidados a participar da pesquisa. Após a apresentação e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, iniciou-se a coleta dos dados sociodemográficos por meio de questionário. A qualidade de vida dos participantes foi avaliada utilizando o questionário SF-12, composto por 12 perguntas abrangendo oito domínios de saúde: capacidade funcional, aspectos físicos, dor corporal, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. As respostas do SF-12 são utilizadas para calcular dois componentes principais: componente físico (PCS) e componente mental (MCS). O SF-12 possui uma escala de escores que varia de 0 (pior) a 100 (melhor), sendo que uma pontuação mais alta indica uma melhor percepção da qualidade de vida física e mental. Considerou-se média geral aceitável > 50 e > 42 pontos, para o PCS e MCS, respectivamente. Os dados foram organizados no software Microsoft Excel 2016 e analisados no SPSS versão 22.0. O projeto foi aprovado pelo CEP da UNILAB (CAAE 37047620.1.0000.5576). Resultados: dos 109 participantes, 79 (72,5%) eram do sexo feminino e 38 (34,9%) tinham idade superior a 65 anos. Da análise das respostas do questionário, o PCS obteve uma média de 41,03 e o MCS de 47,94. Portanto, enquanto a saúde mental dos pacientes apresentou uma média aceitável, a saúde física foi avaliada como insatisfatória, inferindo que pessoas com hipertensão têm dificuldades em realizar atividades de vida diárias relacionadas à saúde. Conclusão: destaca-se a necessidade de intervenções voltadas para a melhoria da saúde física de pessoas com hipertensão, visando a promoção de melhor qualidade de vida para este grupo.