O Brasil tem apresentado elevadas taxas de realização de partos cirúrgicos, ainda que seja comprovado que o parto normal traz mais benefícios para o binômio mãe-filho, sendo necessária a instigação dos fatores que influenciam a escolha da via parto. Este trabalho tem como objetivo verificar o que a literatura tem constatado sobre a atuação do enfermeiro no auxílio e orientação da gestante no momento em que ela (mãe) opta por uma via de parto. A metodologia utilizada foi revisão integrativa de literatura com abordagem retrospectiva e qualitativa, sendo que para o processo analítico dos estudos foi utilizado o método de Análise de Conteúdo de Bardin. Os artigos foram cotejados e discutidos em 2 categorias, sendo: (a) Correlação entre o grau de orientação e a escolha da gestante por uma via de parto e, (b) Diferenças de capacitação entre os enfermeiros da atenção básica e enfermeiros obstetras. Acerca dos resultados, a literatura apresenta diversos estudos associados a satisfação das gestantes/puérperas em relação as orientações sobre o processo de parto, constatando que estas nem sempre são satisfatórias, o que demonstra que é preciso um aprofundamento a respeito dos relatos dos enfermeiros. Na discussão, observou-se que as orientações podem influenciar a mulher na escolha pela via de parto e que a capacitação do enfermeiro, relacionada ao processo de nascimento, pode impactar diretamente nesse momento decisório. Por fim, conclui-se que o profissional de enfermagem possui importante papel na orientação da gestante acerca do processo parturitivo, porém, fica evidente que é necessário que ele procure estar atualizado quanto às boas práticas recomendadas pelos órgãos de saúde nacionais e internacionais.