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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2018 A 2022
Relatoria:
Marília Pereira da Silva
Autores:
  • Leonardo de Paula Vieira Martinez
  • Rosiany Pereira da Silva
  • Kaio Vinicius Paiva Albarado
  • Aline Andrade de Sousa
  • Juarez Antônio Simões Quaresma
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença sistêmica, crônica e negligenciada que continua sendo um significativo problema de saúde pública em todos os continentes, com uma estimativa anual de 50.000 a 90.000 novos casos em todo o mundo. A transmissão ocorre pelo agente etiológico do gênero Leishmania através do vetor Lutzomya longipalpis. afetando vários órgãos, principalmente o fígado, a medula óssea e o baço. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de LV no Estado do Pará. Métodos: Foi realizada uma avaliação epidemiológica com base nos dados secundários disponibilizados pelo SINAN/MS entre 2018 e 2022, considerando as variáveis de sexo, raça, faixa etária, escolaridade, casos confirmados por tipo de entrada e evolução. Os dados foram organizados e analisados utilizando o Microsoft Excel Professional Plus 2019, e os resultados foram apresentados em frequências relativas e absolutas. Resultados: Verificou-se um total de 1.495 casos notificados de leishmaniose visceral, com o maior número de casos em 2018, totalizando 579 (38,7%), apresentando a maior prevalência em comparação aos anos subsequentes. O menor número de casos foi registrado em 2022, com 158 (10,6%) ocorrências. Os dados mostram que 936 (62,6%) dos casos foram em homens e 559 (37,4%) em mulheres. Pessoas autodeclaradas pardas tiveram maior predominância com 1.169 (78,2%), enquanto a menor ocorrência foi entre pessoas de raça amarela, com 8 (0,5%). Na faixa etária, crianças de 1 a 4 anos destacaram-se com 359 (24,0%), enquanto indivíduos entre 65 a 69 anos representaram 13 (0,9%). Quanto à escolaridade, 582 (38,9%) não se aplicam nessa categoria, e 1.396 (93,4%) foram confirmados como casos novos. Entre as ocorrências notificadas, 1.052 (70,4%) resultaram em cura e 9 (0,6%) em abandono. Conclusão: Os aspectos epidemiológicos da LV no Estado do Pará, durante o período analisado, mostraram maior incidência em homens pardos, em sua maioria com idades entre 1 e 4 anos, em casos sem coinfecção e com desfecho de cura. É importante conhecer os fatores epidemiológicos da doença para contribuir com o desenvolvimento de uma assistência à saúde de qualidade.