Introdução: Com a popularização da internet e com o mundo cada vez mais informatizado, as notícias se propagam a uma velocidade muito rápida e sua extensão vai além da percepção individual, impulsionando um impacto coletivo, fruto de notícias falsas, conhecidas como fake news, sendo informações sem embasamento científico. Objetivo: Discutir o impacto de informações imprecisas e inverídicas no cenário da saúde pública. Metodologia: Trata-se de um ensaio crítico com abordagem qualitativa, utilizados sites de busca, como SCIELO, revistas científicas em saúde e o CAPS para busca de periódicos com os descritos “ redes sociais AND saúde pública”. Resultados: As mídias sociais são territórios utilizados por uma multiplicidade de atores para opinar sobre uma ampla gama de questões científicas, impactando o processo de formação da opinião pública sobre os mais diversos assuntos. O compartilhamento de notícias falsas não se caracteriza como novidade, porém, com o estreitamento geográfico e a rapidez na disseminação destas, a humanidade passou a vivenciar uma era de infodemia, ocasionando impactos negativos massivos nos âmbitos individuais, coletivos, e de saúde pública como por exemplo o movimento anti-vacina, que ganhou força durante a pandemia. A disseminação de notícias sobre cura e prevenção, sem nenhum embasamento científico, são produzidas ou por ignorância ou com a intenção de desinformar e induzir o cidadão a cometer erros nas decisões pessoais e cuidados com sua saúde. O fenômeno das fake news em saúde, contribui para o descrédito da ciência e das instituições globais de saúde pública, bem como enfraquece a adesão da população aos cuidados necessários de prevenção. Conclusão: A disseminação de informações sem bases científicas resulta em consequências negativas que impactam diretamente na saúde da sociedade. Diante de tal problema, é fundamental a educação em saúde para incentivar o pensamento crítico, trazendo a importância do cuidado baseado em evidências científicas. Acabar com as fake news é uma missão difícil e complexa, mas pode-se recomendar que o cidadão sempre confira o conteúdo propagado vindo de supostas fontes oficiais, e que as instituições aumentem o nível de informações confiáveis acessíveis para toda a população.