Introdução: A alimentação desempenha um papel intrínseco ao ser humano, sendo essencial na obtenção de energia para a realização das mais variadas atividades. Sendo assim, estudos na área da nutrição afirmam que, manter uma alimentação balanceada, reduz riscos de adquirir determinadas doenças e melhora a qualidade de vida. Entretanto, apesar de tais estudos já existirem, observa-se uma lacuna no que diz respeito à informação acerca da obesidade que, vale destacar, pode estar atrelada à desnutrição pelo excessivo consumo de alimentos industrializados e de baixa qualidade, estes que não possuem os nutrientes necessários. Objetivo: Analisar a prevalência dos diferentes graus de obesidade em indivíduos adultos no Estado do Ceará, visando identificar, através da análise dos dados, a região de maior incidência, bem como os possíveis fatores desencadeantes. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e com abordagem quantitativa, realizado durante os meses de março a junho de 2024.Foram utilizados dados secundários relacionados aos anos de 2021 a 2023, obtidos através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional- SISVAN. Após extração, os dados foram caracterizados em tabelas a partir do programa Excel e analisados com estatística descritiva. Resultados: No período estudado foi identificado que a Região de Saúde que apresentou o maior número de adultos nos diferentes graus de obesidade foi a de Fortaleza, em que 36,87% dos adultos estavam obesos no ano de 2021, 35,05% no ano de 2022 e 36,53% em 2023. Ademais, verificou-se que essa prevalência seria decorrente, principalmente, da alta demanda de trabalho exigida nas grandes cidades, a qual faz com que os indivíduos não tenham a motivação para preparar uma refeição adequada, que exige mais tempo, bem como para realizar atividades físicas, consequentemente, eles recorrem a alimentos rápidos e ultraprocessados, uma vez que a Região de Saúde de Fortaleza é a maior das regiões analisadas e onde se encontra a capital do Estado. Conclusão: Observa-se, portanto, a urgência de se investir em programas de educação em saúde voltados para a alimentação adequada, a fim de diminuir a prevalência de condições como a obesidade e suas possíveis consequências para o indivíduo.