Introdução: O Escore Pediátrico de Alerta (EPA) é uma ferramenta crucial desenvolvida para ajudar equipes de saúde a identificar precocemente sinais de alerta de deterioração clínica em pacientes pediátricos. Sua implementação visa iniciar um fluxo de ações rápidas para prevenir desfechos desfavoráveis. O EPA avalia três componentes principais: neurológico, respiratório e cardiovascular, com pontuações variando de 0 a 11 pontos. Um ponto de corte importante é o escore 3, que sinaliza a necessidade de intervenções imediatas. Objetivo: Descrever a experiência de implementação do EPA em um Pronto Atendimento Infantil no interior do Paraná, destacando os processos envolvidos, os desafios enfrentados e os resultados obtidos com a adoção desta ferramenta. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, sobre a implementação do EPA em um Pronto Atendimento Infantil no interior do Paraná. Os dados foram coletados através de observações diretas. Resultados e Discussão: A implementação do EPA trouxe uma mudança significativa no fluxo de atendimento pediátrico. Inicialmente, a equipe de saúde passou por treinamentos intensivos para familiarização com a ferramenta e os critérios de avaliação. Durante o período de implementação, observou-se uma melhora na identificação precoce de sinais de deterioração clínica, com intervenções mais rápidas e adequadas. Os registros de atendimentos mostraram um aumento na precisão das avaliações e na eficiência das respostas clínicas. Entre os desafios enfrentados, destacaram-se a resistência inicial da equipe devido à mudança de rotina e a necessidade de ajustes contínuos no processo de implementação. No entanto, a adesão ao EPA aumentou progressivamente à medida que os profissionais perceberam os benefícios diretos na qualidade do atendimento e na segurança dos pacientes. Considerações Finais: A implantação do EPA em um Pronto Atendimento Infantil no interior do Paraná foi bem-sucedida, demonstrando que a ferramenta é eficaz na identificação precoce de sinais de alerta de deterioração clínica em pacientes pediátricos. A experiência mostrou que, apesar dos desafios iniciais, a capacitação contínua e o ajuste dos processos são essenciais para a adesão e sucesso do protocolo. Essa experiência pode servir como modelo para outras instituições que buscam aprimorar a resposta clínica em contextos similares.