
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SETOR PEDIÁTRICO HOSPITALAR NO PANTANAL MATO-GROSSENSE
Relatoria:
Nelzabete Silvino da Silva Lima
Autores:
- Vagner Ferreira do Nascimento
- Rafael Techima de Alencar
- Lucas Henrique Figueiredo Rocha
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A região do pantanal de Mato Grosso, possui baixa rede de assistência hospitalar com tecnologias adequadas, o que sobrecarrega profissionais e instituições específicas. Os profissionais de enfermagem dessa região são altamente afetados, quer seja pelas adaptações e impactos das questões climáticas à demanda de trabalho em saúde como ao desafio diário no atendimento pediátrico de estrangeiros, imigrantes e indígenas. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico de profissionais da enfermagem de setor pediátrico hospitalar no Pantanal mato-grossense. Método: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado em maio de 2024, envolvendo todo o coletivo de profissionais de enfermagem do setor pediátrico de um hospital de grande porte na principal cidade do pantanal de Mato Grosso. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual, com instrumento estruturado, contendo questões fechadas sobre aspectos sociodemográficos e profissionais. Aplicou a estatística descritiva. O estudo respeitou todos os aspectos éticos em pesquisa, com aprovação de comitê de ética. Resultados e discussão: Prevaleceu o sexo feminino (84,6%), faixa etária entre 20 e 30 anos (68,6%), cor de negra (53,8%), seguida de parda (38,4%). Dormem 5 horas por noite (67%), expressam alteração de sono (62%), a insônia (38%), envelhecimento precoce (23%), irritabilidade (47%) e dificuldade de concentração (58%). Não praticam exercício físico (69,2%), com queixas de dores musculares (21%), uso diário de medicação (27%) e presença de alguma comorbidade (27%). Tais características indicam profissionais sedentários, podendo ter estreita relação com os impactos do trabalho na qualidade de vida. Embora o setor pediátrico pareça mais leve, as exigências emocionais e cuidados vigilantes aumentam as demandas desses profissionais, além dos problemas inerentes a profissão, como dimensionamento inadequado, descumprimento da Lei do piso salarial, sucateamento de serviços e precarizações. Considerações finais: Prevaleceu profissionais jovens, no início da vida profissional, com prejuízos na qualidade de vida, e que requer intervenção urgente do empregador e instituição, podendo repensar e resgatar modos de vida, alimentação e lazer pantaneiros em prol da promoção da saúde.