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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE POTENCIAIS DOADORES E DOADORES EFETIVOS DE ÓRGÃOS NO ESTADO DE RONDÔNIA
Relatoria:
JANAINA DAHMER
Autores:
  • ROANA FREITAS DOS SANTOS
  • EDCLEIA GONÇALVES DOS SANTOS
  • JAQUELINE OLIVEIRA NASCIMENTO
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Morte encefálica (ME) é a perda irreversível das funções do tronco cerebral, causando falência progressiva dos sistemas do corpo, sendo mantidos apenas artificialmente. O diagnóstico é baseado em critérios definidos pela Resolução nº 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina e é um direito do paciente, possibilitando a doação dos órgãos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos potenciais doadores e doadores efetivos em Rondônia. Método: Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, quantitativa, de caráter descritivo transversal, realizada mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, conforme o parecer nº 6.624.112. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2024, na Organização de Procura de Órgãos/Central Estadual de Transplantes em Porto Velho Rondônia. As informações foram obtidas nos registros de protocolos de ME notificados entre janeiro de 2019 a dezembro de 2023, baseado em variáveis pré-definidas e tabuladas no Excel, através de análise estatística de percentual e frequência absoluta. Resultados/discussão: Foram analisados 671 prontuários de potenciais doadores, verificando-se a prevalência do sexo masculino (61,54%), com variação de faixa etária de 0 a 85 anos e mediana de 50 anos. Como principais causas de ME destacaram-se o Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, Traumatismo Cranioencefálico e Hemorragia Subaracnóidea. Como exame confirmatório, predominou a Tomografia Computadorizada e como exame complementar o Eletroencefalograma. Os hospitais de urgência e emergência de Porto Velho (58,42%) e Cacoal (31,59%) apresentaram maiores notificações de abertura de protocolos. Em relação ao perfil clínico dos pacientes, destacou-se a Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Mellitus como principais comorbidades. Entre as 524 (78,09%) ME confirmadas, 26,71% foram doadores efetivos, predominando rins e fígado como os órgãos mais captados. Enquanto para a não doação, a contraindicação médica prevaleceu com 35,49%, seguida pela recusa familiar, com 25,76%. Considerações finais: O estudo permitiu traçar o perfil epidemiológico e sociodemográfico de potenciais doadores no Estado, sendo o homem adulto jovem, com maior viabilidade de órgãos para transplante. Nota-se ainda que, os maiores notificantes são hospitais de referência para trauma, que compõem a rede de urgência estadual, dividido em macrorregionais de saúde I e II. Assim, os dados obtidos, indicam um cenário promissor no processo de captação de órgãos em Rondônia.