Introdução: As úlceras dos membros inferiores afetam grande parcela da população adulta e apresentam etiologia multifatorial. As principais causas são de origem vasculogênicas, que são classificadas como arterial, venosa ou mista. Representando um sério problema de saúde pública, uma vez que são responsáveis por considerável impacto econômico, em razão do tratamento de longa duração e por afastar o indivíduo com a lesão de suas atividades laborais e sociais. As úlceras vasculogênicas (UV) são lesões de difícil cicatrização, o que torna seus tratamentos um desafio para a equipe de multiprofissional, com destaque para o enfermeiro, que deve dispensar cuidado de forma holística e resolutiva. Objetivo: Analisar a literatura referente aos conceitos e manejo clínico das úlceras vasculogênicas, com destaque para a assistência de enfermagem. Método: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, por meio de uma revisão bibliográfica narrativa. Foram inseridos na análise, referencial teórico encontrado sobre a temática publicado desde o ano 2010, nos idiomas português, inglês e espanhol, desde que estivessem disponíveis na íntegra para consulta. Resultados: As intervenções de enfermagem a esses indivíduos devem considerar múltiplos aspectos, como os sociais, físicos, clínicos e econômicos. A realização de uma avaliação e exame físico criteriosos do enfermeiro auxiliam na determinação de cuidados específicos, direcionados ao tipo de tecido no leito da lesão, ao tamanho, a presença de exsudato, as doenças de base entre outras. Destaca-se a importância da avaliação das características sociodemográficas, tais como gênero, idade, escolaridade, estado civil, renda e ocupação, que irão direcionar a linguagem na abordagem, a preocupação com a necessidade ou não de suporte social e capacidade no envolvimento de ações de prevenção de complicações. O enfermeiro deve utilizar-se da sistematização da assistência de enfermagem, seguindo uma sequência desde a anamnese, formulação do problema, determinação de objetivos, planejamento, escolha da cobertura apropriada, registro de enfermagem e avaliação do cuidado. Conclusão: Reforça-se o importante papel do enfermeiro na articulação de uma forma de organização do processo de trabalho para o atendimento às necessidades dos pacientes portadores de UV, integrando as atividades de cuidar com a qualificação e competência necessária.