INTRODUÇÃO: Os atendimentos de pré-natal realizados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ainda seguem, prevalentemente, modelo biomédico, descuidando de individualidades que garantam atenção integral ao pré-natal. Além disso, apenas 60% das mulheres recebem orientações sobre sinais de risco na gestação, existindo pouco espaço de trocas e práticas de cuidado diferenciadas. A OMS visa que o cuidado pré-natal fomente experiências positivas durante a gestação, com isso, almejando mudança e valorização da atenção ao cuidado gestacional. OBJETIVO: Relatar e evidenciar a experiência do atendimento de pré-natal coletivo, com participação multiprofissional, como estratégia de impactos para a perinatalidade. MÉTODO: Trata-se de estudo descritivo de natureza qualitativa, na categoria relato de experiência, descrito a partir das vivências de pré-natal coletivo implementado em UBS do município de São Carlos-SP. Tal experiência ocorreu no período de maio a junho de 2024, com população de gestantes atendidas e seus/suas acompanhantes. O projeto teve início com parceria entre projeto de extensão e residência em saúde Mental da Universidade Federal de São Carlos com a equipe da UBS. A proposta foi organizada com encontros semanais, sendo comunicadas por grupo em rede social, com média de 6 gestantes por encontros, presença de pais/parceiros/familiares, profissionais de enfermagem da unidade, docentes da Universidade Federal de São Carlos e residentes do programa multiprofissional em saúde mental da UFSCar. RESULTADOS/ DISCUSSÃO: As atividades realizadas foram: dinâmicas de apresentação pessoal; acolhimento; levantamento de temas e demandas; rodas de conversa sobre aspectos físicos e emocionais do ciclo gravídico e gestações anteriores; terapias complementares, como aromaterapia e musicoterapia; automassagem e exame físico obstétrico. Dessa forma, o pré-natal coletivo visa favorecer diálogo entre profissionais e gestantes, sendo espaço seguro para troca de experiências, aproximando-as com suas realidades socioculturais e relacionamento interpessoal e humanizado, incentivando pensamento crítico e valorizando seus questionamentos na gestação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Consequentemente, a prática de assistência coletiva se consolida como estratégia para a promoção do cuidado, pautado na integralidade e autocuidado, estabelecendo relações de corresponsabilidades e vínculos entre as pessoas participantes e proporcionando maior empoderamento em relação à gestação, parto e puerpério.