Introdução: Nos últimos anos, a busca por abordagens não farmacológicas no cuidado à saúde tem crescido significativamente, refletindo uma mudança no paradigma tradicional da biomedicina para uma visão mais integrativa e centrada no paciente. As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são intervenções que abrangem técnicas como fitoterapia, yoga, entre outras, reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde e incorporadas em políticas públicas de saúde em diversos países, incluindo o Brasil. Nesse contexto, os enfermeiros desempenham um papel fundamental na implementação dessas práticas, dado seu contato direto e contínuo com os pacientes e sua formação voltada para o cuidado integral. Objetivo: Analisar a atuação dos enfermeiros na promoção de saúde por meio das PICs, conforme a literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. O levantamento bibliográfico abrangeu os periódicos SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de junho de 2024. Foram aplicados os descritores “cuidados de enfermagem” e “terapias complementares”, registrados nos Descritores em Ciências da Saúde. Os critérios de inclusão incluíram artigos publicados entre 2019-2024, em inglês ou português e de temática objetivada, enquanto os critérios de exclusão eliminaram estudos não disponíveis em texto completo ou não relacionados ao tema. Inicialmente foram encontrados 1.295 estudos (39 na SciELO e 1.256 na BVS). Após análise e aplicação dos critérios, foram selecionados 12 estudos. Resultados e Discussão: A literatura revisada evidencia que os enfermeiros assumem uma postura proativa ao informar os pacientes sobre as PICs, integrar métodos complementares no plano de cuidados e monitorar os resultados. As PICs mais utilizadas incluem auriculoterapia, fitoterapia e aromaterapia, mostrando-se eficazes na redução de sintomas de estresse, ansiedade e dor, além de promoverem o bem-estar geral. As populações atendidas incluem desde crianças até idosos, em unidades básicas de saúde, hospitais e clínicas. Desafios incluem falta de formação específica, escassez de recursos e necessidade de maior apoio institucional. Considerações finais: Diante do exposto, é evidente que as PICs enriquecem a promoção da saúde na enfermagem, oferecendo cuidados holísticos. É essencial investir na capacitação dos enfermeiros e integrar essas práticas no sistema de saúde, promovendo um cuidado mais humano e alinhado aos princípios da enfermagem.