INTRODUÇÃO: A hanseníase apresenta uma evolução lenta e silenciosa, sendo diagnosticada, na maioria das vezes, de forma tardia, quando há maior quantidade de bacilos viáveis, favorecendo a continuidade de transmissão da doença, além do comprometimento nas terminações nervosas, provocando incapacidades físicas, que por vezes são irreversíveis, o que acarreta prejuízos pessoais, familiares e sociais aos envolvidos. Dessa maneira, as pessoas acometidas pela doença devem ser devidamente avaliadas de acordo com o grau de acometimento em 0, 1 ou 2, no diagnóstico, durante o tratamento e na alta por cura, além de outras situações. OBJETIVO: Analisar o número de casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico. MÉTODO: Trata-se de um estudo ecológico, tendo como lócus o estado da Paraíba, constituído por 223 municípios, que foram as unidades de estudo. A base populacional do estudo foi constituída pelos casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado no período de 2019 a 2023. Os dados foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – online. Sendo construído um Excel para analise e estudo das informações. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foram verificados 1.722 casos de hanseníase avaliados no período do estudo, sendo 1.029 (59,7%) classificados como grau 0, 487 (28,8%) como grau 1 e 206 (11,5%) como grau 2. O que demonstra a necessidade de ações para a intensificação do diagnóstico precoce e tratamento oportuno dos casos, a fim de diminuir os números de casos de incapacidade física no estado da Paraíba. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constata-se que a hanseníase continua a ser um desafio na saúde pública na Paraíba, em especial pelo número de casos novos da doença com grau de incapacidade 0, 1 ou 2. Desta forma, torna-se imprescindível a ampliação de estratégias de educação em saúde, capacitação de profissionais e melhora no acesso aos serviços de saúde para combater a doença.