Introdução: O Transplante Renal (TxR) é considerado a terapia de escolha para a Doença Renal Crônica (DRC) em estágio avançado, haja vista que proporciona melhor sobrevida e qualidade de vida. No entanto, o receptor de um TxR está suscetível a algumas complicações, como as infecciosas, que estão entre as principais causas de readmissão hospitalar após o TxR. ¹ Objetivo: Identificar na literatura científica as principais complicações infecciosas em após o transplante renal. Métodos: Trata-se de revisão integrativa, embasada na questão norteadora: Quais as principais complicações infecciosas ocorrem em pacientes submetidos ao transplante renal? A busca de estudos foi conduzida nas bases de dados LILACS, MEDLINE e Scopus, mediante a utilização dos descritores do DeCS: “Transplante renal”, “Período pós-operatório” e “Infecções”, bem como seus correspondentes no idioma inglês. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, de forma gratuita na língua portuguesa ou inglesa, publicados nos últimos cinco anos. Foram excluídos estudos duplicados, artigos de opinião, cartas ao editor e editoriais. Resultados e discussão: Foram selecionados 16 artigos para compor a amostra deste estudo. As evidências mostraram que as complicações infecciosas mais frequentes foram infecção do trato urinário, seguida da infecção de sítio cirúrgico e infecções sistêmicas. Quanto ao agente infeccioso, o mais prevalente nos estudos analisados foi a Escherichia coli e o citomegalovírus. As infecções no pós transplante estiveram associadas às comorbidades do paciente, à imunossupressão e das diferentes exposições epidemiológicas entre doador e receptor. Ademais, estão diretamente ligadas ao prolongamento do tempo de hospitalização e aumento das taxas de mortalidade. Conclusão: Após o transplante renal (TxR), o paciente apresenta risco elevado de complicações infecciosas. Com isso, é fundamental enfatizar a importância do papel do enfermeiro que assiste ao paciente em todas as etapas do transplante, cujas condutas, fundamentadas em evidências científicas, devem atuar na prevenção e tratamento das complicações por meio do monitoramento, detecção precoce e intervenções adequadas para contribuir para a segurança do procedimento e bom prognóstico após transplante.